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Transformações durante a pandemia devem permanecer na rotina de consumo dos gaúchos

Pesquisa Feevale e Sedac RS aponta tendências no mercado criativo nos próximos anos

Imagem: Divulgação
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A pandemia provocada pelo coronavírus acelerou mudanças de consumo que há algum tempo eram debatidas na sociedade. Com o isolamento social, serviços de delivery, clubes de assinatura, home office e lojas de e-commerce ganharam maior popularidade e devem permanecer em alta na rotina de consumo dos gaúchos, no cenário de pós-pandemia. Esse é o resultado apontado pelo Relatório de Tendências Comportamentais do RS (Prevers), apresentado na terça-feira (07) pela Universidade Feevale e pela Secretaria da Cultura do Rio Grande do Sul (Sedac).

O estudo, realizado pelo mestrado em Indústria Criativa da Feevale mapeou as tendências de mercado para a indústria criativa do Estado nos próximos anos. O material é dividido em cinco dimensões: cultura e sociedade; tecnologia e empreendedorismo; marcas e conteúdos; cidades e turismo; e bem-estar. Com metodologia estatística, analítica e qualitativa, a pesquisa fez um aparato do cenário regional em relação às tendências mercadológicas.

De acordo com o professor Cristiano Max Pereira Pinheiro, coordenador do mestrado, o Prevers se concretiza como resultado de um trabalho extenso de análise que gerou um mapeamento dessas tendências, que servem de caminho para a indústria criativa. “O resultado desse relatório traz uma perspectiva de passado, presente e futuro. Nesse mapeamento, buscamos indicar caminhos criativos nas tendências de negócios que podem ser um cenário mercadológico em 2022 e 2023”, explica.

O relatório aponta para o crescimento no consumo dos idosos no segmento que é um nicho de mercado e que tende a se expandir nos próximos anos. O Prevers refere-se a esse público o termo “economia prateada”, e aponta Porto Alegre como a segunda capital do país com maior população acima dos 55 anos. “Esses motivos levam empresas gaúchas a estarem de olho nesse público-alvo, que está cada vez mais ativo e em busca de novidades”, explica a professora do Centro de Design da Feevale, Renata Fratton Noronha.

Outro termo que apareceu com frequência no estudo foi o “coworking”, também conhecido como espaços compartilhados de trabalho. Esses locais ganharam popularidade entre os profissionais, impactados pela pandemia e a crise econômica, que resultou no fechamento de muitas empresas. De acordo com dados do site Coworking Brasil, o país registrou, neste ano, mais de 50 espaços registrados on-line, em 17 cidades. “Essa é uma tendência que veio para ficar. Os espaços coworking mostraram-se uma ótima alternativa em meio à pandemia, que deve permanecer ativa no pós-coronavírus”, pondera a professora Vanessa Valiati, do mestrado em Indústria Criativa.

O Prevers foi desenvolvido por 15 pesquisadores, bolsistas e voluntários do Centro de Design e do Laboratório de Criatividade da Universidade Feevale, com suporte do programa RS Criativo, do governo estadual.

O relatório completo pode ser acessado em feev.as/5d9de42.