Os 23 trabalhadores da Fundifar, metalúrgica que fica às margens da VRS-864, em Farroupilha, que foram demitidos na última segunda-feira (06), realizaram um protesto na manhã desta quinta-feira (09), em frente a empresa. Eles estão acampados no local e contam com o apoio de outros trabalhadores que também não entraram para a sua jornada de trabalho. Quem foi demitido, reclama do descaso por parte da empresa que, segundo eles, diz que não ter dinheiro para realizar o pagamento dos direitos dos trabalhadores.
O Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul, acompanha a ação. As pessoas que foram desligadas, porém, não impendem a entrada de quem deseja seguir trabalhando normalmente.
Conforme, Mariela Leite Lahn, de 33 anos, uma das pessoas desligadas da Fundifar, na segunda-feira, por volta de 14h, vans chegaram na empresa e chamaram a atenção dos funcionários. Após isso, o setor de Recursos Humanos começou a chamar grupos de funcionários que eram informados da demissão. A justificativa da empresa é uma crise que esta instaurada desde novembro de 2018.
A Fundidfar já tem um pedido de recuperação judicial em andamento e desde novembro adotou o sistema de flexibilização da jornada de trabalho. Ainda de acordo com Mariela, foi prometido aos funcionários que não haveria demissões até o fim do prazo de flexibilização, que termina em 31 de maio.
A reportagem do Portal Leouve esteve no local na manhã desta quarta-feira e a empresa não quis se pronunciar sobre o caso. A alegação é de que quem está tratando do assunto é a advogada Jane Janes, da Zumar Neves Advocacia. Em contato com o escritório, a reportagem foi informada que a agenda de Jane está lotada e, até o momento, não obteve retorno sobre o caso.