Torcedor florense reencontra ídolo após 37 anos em Porto Alegre

Nino, é assim que Luizinho Moacir Bianchini é carinhosamente chamado pela população florense. Nascido em 1961, Nino tem como sua paixão um time, o time comandado pelo técnico Renato Portaluppi. Sua história com o Grêmio é antiga, mas o que marcou mesmo sua vida foi uma foto, tirada com seu ídolo em 1986 em frente a sua casa, no Estádio Municipal Homero Soldatelli, durante uma das partidas em que Renato jogava pelo Grêmio.

Na tarde do último domingo (12), a APAE Flores da Cunha, em parceria com o Consulado do Grêmio, proporcionaram a eles o tão esperado reencontro, que aconteceu em Porto Alegre, no jogo entre Grêmio e Avenida.

Maria Lurdes Branchini da Silva Diretora da APAE  e irmã de Nino, conta que a iniciativa partiu através de uma pesquisa que a entidade enviou no ano passado, para as famílias dos estudantes, perguntando a eles qual era seu maior sonho. A ideia surgiu devido a comemoração dos 50 anos de fundação que a APAE completa neste ano.

Entre as cartinhas havia o pedido de quatro alunos, que relataram que seu maior sonho era conhecer a Arena do Grêmio em Porto Alegre. Foi ai que Rafael Schneider do Rotary Club teve a ideia de levar o Nino, por  ser um gremista fanático, tendo o Renato Gaúcho como um ídolo. Maria então, concordou com a ideia:

“Nós só temos que agradecer essa grande oportunidade que nós tivemos, sabendo que o Nino vai completar 62 anos, tendo um diagnóstico de demência, a gente não sabe até quando vamos ter ele. A Síndrome de Down tem um envelhecimento precoce também, então ele está beirando os 90 anos de idade. Isso tudo veio pra nós, para fechar com chave de ouro, só temos a agradecer. Eu fico muito feliz de ter conseguido, por que a gente não faz as coisas só por fazer, a gente coloca muito amor e quando a gente consegue realizar com muitas pessoas que se engajaram, eu acho que o sonho se torna mais real ainda e tem muito mais sentimento nos trazendo um retorno muito grande” se emociona Maria.

O Cônsul Lander Piccoli, diz que esse encontro foi maravilhoso. “Esse trabalho foi emocionante, foi o Grêmio e a APAE que fez isso tudo, o Consulado foi só a porta de entrada. Foi uma ação muito gratificante para todos nós”.