Ao menos 60 pessoas morreram no terremoto de magnitude 8,1 que abalou o México no final da noite da quinta-feira, dia 7. Segundo as autoridades locais, até o início da noite da sexta-feira, dia 8, os números oficiais apontavam que 45 pessoas morreram em Oaxaca, 12 em Chiapas e três em Tabasco.
As autoridades revelaram que o terremoto do México é um dos mais fortes já ocorridos na América Latina. O presidente do país, Enrique Peña Nieto, disse no Twitter que “a força da unidade e a solidariedade dos mexicanos é muito maior” que a força devastadora da natureza.
O terremoto atingiu a costa sul do México, e o Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico chegou a emitir um alerta de possíveis ondas gigantes de até quatro metros de altura para México, Guatemala, El Salvador, Costa Rica, Nicarágua, Panamá, Honduras e Equador, mas, no início da manhã, o aviso foi retirado.
O governador de Oaxaca, Alejandro Murat, decretou estado de emergência para todos os municípios que estão na região atingida pelo terremoto. A prioridade das autoridades é garantir que todas as pessoas vivas sob os escombros sejam resgatadas. Além disso, é preciso garantir que há abrigos suficientes para atender os desabrigados e manter a população em alerta para possíveis réplicas.
O governador de Chiapas, Manuel Velasco, afirmou em entrevista a outra rádio local que o número de mortos no estado passou de nove para 12, a maioria deles vítima de desabamentos. Uma pessoa morreu após sofrer um ataque cardíaco durante o terremoto.
Notícias Relacionadas
Um relatório preliminar feito pelas autoridades locais indica que há 1.7 mil casas afetadas, 700 escolas e outros 18 prédios públicos. Segundo o governador de Chiapas, mais de 337 réplicas foram registradas depois do terremoto principal. Além disso, três menores de idade morreram no estado de Tabasco, no sul do país.
O presidente do México, Enrique Peña Nieto, viajou hoje para Ixtepec, no estado de Oaxaca, de onde irá para Juchitán, a cidade mais afetada pelo terremoto.
Vários centros de abrigo foram instalados na Cidade do México e em outros estados próximos aos atingidos para recolher doações para as vítimas do tremor.
As estimativas iniciais indicam que 50 milhões de pessoas estiveram expostas ao terremoto. Cerca de 37 milhões sentiram o sismo de forma moderada ou forte.
A diretora do Serviço Sismológico Nacional e pesquisadora do Instituto de Geofísica da Universidade Nacional Autônoma do México, Xyoli Pérez Campos, afirmou que é possível que haja réplicas de magnitude 7 na escala Richter nos próximos dias.
