Brasil

Temer é investigado pelo STF e pode renunciar em pronunciamento nesta tarde

Brasília - Presidente Michel Temer participa da cerimônia de inauguração da Mostra Brasilis a Brasília: Desenvolvimento, Liberdade e Patriotismo, no Palácio do Planalto (Valter Campanato/Agência Brasil)
Brasília - Presidente Michel Temer participa da cerimônia de inauguração da Mostra Brasilis a Brasília: Desenvolvimento, Liberdade e Patriotismo, no Palácio do Planalto (Valter Campanato/Agência Brasil)

O presidente Michel Temer é formalmente investigado pela Operação Lava-jato desde o início da tarde desta quinta-feira, dia 18, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin autorizou a abertura de inquérito contra ele. O pedido de investigação foi feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Temer deve fazer um pronunciamento às 16 horas, e não está descartada a possibilidade de que renuncie ao mandato.

As investigações se tornaram possíveis depois que Fachin homologou as delações dos donos da JBS, Joesley e Wesley Batista, em que afirmam terem gravado Temer avalizando pagamentos para que o ex-deputado Eduardo Cunha não fechasse um acordo de colaboração com a Operação Lava-jato.

A possibilidade de que as delações contra Temer e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), afastado do cargo pelo STF, se tornarem públicas ainda hoje é grande, o que tornaria públicos a suposta gravação em que o presidente teria pedido a manutenção dos pagamentos ao ex-presidente da Câmara e também os vídeos com entrega de dinheiro a pessoas ligadas ao senador Aécio e o áudio em que o tucano teria pedido R$ 2 milhões a Joesley Batista.

Com relação ao senador, o ministro Fachin negou o pedido de prisão solicitado pela PGR, mas a oposição já protocolou um pedido de cassação do mandato. Um novo pedido de impeachment do presidente Temer deverá ser protocolado até as 17h.