Um suspeito de abusar sexualmente de uma menina de 11 anos de idade e outra criança, se apresentou na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Caxias do Sul na tarde desta sexta-feira (27). O nome dele não foi divulgado pelas autoridades por ainda ser considerado suspeito e para não expôr às vítimas menores de idade.
De acordo com o delegado Caio Mário Fernandes, o indivíduo possuía contra si um mandado de prisão preventiva expedido pelo Judiciário desde quinta-feira (26). Segundo o titular da DPCA, foram feitas diligências que apontaram que as denúncias poderiam ser verídicas e o inquérito deve ser concluído já no início da próxima semana.
“Tomamos conhecimentos dos supostos abusos sexuais. Chegaram ao nosso conhecimento pelos familiares das vítimas e, considerando a repercussão que o caso estava tomando de divulgação nas mídias sociais, nós optamos por dar uma pronta resposta. Fizemos todas as diligências necessárias o mais rápido possível. Vislumbramos que, realmente, haviam indícios suficientes da veracidade da conduta e, por essa razão, foi representada pela prisão preventiva do suspeito. Com eficiência, o Poder Judiciário decretou a prisão e o suspeito se apresentou espontaneamente. Ele esclareceu os fatos e foi dada ciência da prisão”, destaca,
Conforme o delegado, duas vítimas foram identificadas, mas, ao desenrolar dos fatos, outras situações serão verificadas.
“Identificamos duas vítimas com contornos de conduta bem delineados e outras situações que vamos apurar com um pouco mais de tranquilidade”, salienta.
Ainda conforme Fernandes, o suspeito não possui nenhum tipo de laço sanguíneo com as vítimas. O delegado lembra que a divulgação em redes sociais referentes a este tipo de crime, muitas vezes não são repletas de razão, pois as pessoas compartilham as situações tomadas pela emoção.
“Ele não era de laço sanguíneo direto das famílias, mas é agregado. Mas não vamos dar mais detalhes para preservar as crianças e a família. Da mesma forma que agilizamos as diligências, daremos prioridade na conclusão do feito. No início da semana que vem, pretendemos remeter as investigações ao Judiciário para que submeta ao Ministério Público (MP). Faremos oitiva das vítimas em depoimento especial perante ao Juízo. Nossa grande preocupação são casos desta natureza sexual se espalharem de forma indevida por redes sociais. Nem sempre o que consta na rede social é correto. As pessoas acabam tomadas pela emoção e não pela razão neste tipo de conduta. No caso Naiara, recebemos várias fake news, de forma bem precipitadas, por redes sociais. Por isso tomamos a frente desse caso para evitar que algo pior surgisse”, conclui.
Por outro lado, uma “pressão” em compartilhamentos nas redes sociais sobre a suspeita dos fatos intimidou o indivíduo que se entregou à Polícia Civil. O suspeito foi encaminhado para o sistema penitenciário e fica à disposição da Justiça até a conclusão dos fatos.