Profissionais do Instituto Hospitalar Veterinário (IHVET) da Universidade de Caxias do Sul (UCS) realizaram na terça-feira (12), um procedimento, no mínimo, incomum: a tomografia computadorizada de uma cobra sucuri de aproximadamente dois metros de comprimento e quase oito quilos. O procedimento chamou a atenção de alunos do curso de Veterinária e funcionários da UCS.
O animal foi trazido por uma equipe do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de Porto Alegre, onde está sob cuidados do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), e o exame faz parte de um estudo de reconhecimento da espécie Sucuri Amarela cujo objetivo é consolidá-la como um animal da fauna nativa do Rio Grande do Sul. A espécie foi capturada em São Borja, às margens do Rio Uruguai, e já recebeu “alta” e voltou aos cuidados do Ibama, em Porto Alegre.
O exame mobilizou uma equipe de médicos veterinários, enfermeiros e assistentes por cerca de uma hora e meia. Assim que chegou ao Instituto Hospitalar, a cobra foi levada a um ambiente aquecido, onde permaneceu por alguns minutos. “A elevação da temperatura corporal é fundamental para que os anestésicos necessários para o exame façam efeito”, explicou a médica veterinária e professora da Universidade de Caxias do Sul Claudia Giordani, que realizou a tomografia. Em seguida, o animal foi anestesiado e acomodado sobre a maca do tomógrafo.
O resultado ficará pronto em até quatro dias úteis, mas preliminarmente tudo indica que ela voltará à natureza na próxima semana, no mesmo local onde foi resgatada. Há histórico de aparecimento dessa espécie na costa do Rio Uruguai, principalmente na parte Sul, a partir de Itaqui, São Borja, Uruguaiana e Barra do Quaraí. Estudo está sendo realizado pois a frequência dos relatos faz crer que se trata de um animal da fauna nativa do Rio Grande do Sul. A presença da Sucuri Amarela na região há anos é relatada pelos moradores locais.
Com assessoria de imprensa