Caxias do Sul

Sucateamento do ensino estadual motiva protesto de alunos e docentes em Caxias

Movimentação iniciou em frente ao portão da escola Assis Mariani, no Eldorado (Foto: Maicon Rech)
Movimentação iniciou em frente ao portão da escola Assis Mariani, no Eldorado (Foto: Maicon Rech)

Cerca de 70 pessoas, entre alunos e professores de três escolas estaduais, participaram de um protesto na tarde desta segunda-feira, dia 18, em Caxias do Sul. O ato, que iniciou às 14h, contou com a presença de estudantes e docentes das escolas estaduais Dr. Assis Antônio Mariani (Jardim Eldorado), Irmão Guerini (Ana Rech) e Victório Webber (Serrano).

Movimentação iniciou em frente ao portão da escola Assis Mariani, no Eldorado (Foto: Maicon Rech)

Os manifestantes saíram da entrada do Jardim Eldorado, passaram pela Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro, percorreram vias da localidade e se reuniram novamente, mas desta vez em frente Victório Webber, no Serrano. Fiscais da Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMTTM) auxiliaram durante o trajeto.

Para a professora Ivonete Caxambú, o governador José Ivo Sartori esqueceu da educação e, por isso, os servidores estaduais precisam ir à luta.

“Sucateamento das escolas, décimo terceiro em dia… Ele (Sartori) quer congelar nossos salários e é uma luta que nós temos que fazer. Ele está deixando de lado tudo. Ele esqueceu da educação e esquecendo a educação, esquece da sociedade, do futuro dos jovens”, conta.

Ivonete conta que chegou até fazer campanha em redes sociais para tentar levantar verba para pagar as contas e se manter.

Faixas com os dizeres “Fora Sartori” eram a maioria no protesto (Foto: Maicon Rech)

“Stress, pressão psicológica, as contas que chegam e tu não tens direito pra pagar. Que tu vais fazer? Eu até fiz uma campanha no facebook.; “professor esperança”, pedindo solicitação de quem pudesse me ajudar, mas ganhei só R$10”, completa a professora.

Joana, aluna do 3° ano do ensino médio, fala porque os estudantes decidiram manifestar-se junto aos docentes.

“Eu creio que, quando mexe com o professor, mexe com o estudante, com a estrutura da educação. Então, a escola é composta por professores e alunos. Se mexe com o professor, mexe com o aluno”, diz.

Em novo levantamento junto as instituições, a 4ª Coordenadoria Regional de Educação (4ª CRE), informou que 20 escolas, o que representa 35% de colégios estaduais na cidade, aderiram à greve de maneira integral. Além disso, 21 estão paralisadas parcialmente, dez atendem normalmente e duas em horário diminuto.

A greve completa duas semanas no feriado de 20 de setembro.