O subsídio do transporte coletivo em Bento Gonçalves, protocolado como projeto de lei pela prefeitura, ainda não é consenso dentro da Câmara Municipal. A oito dias de entrar em vigor o aumento na tarifa de R$ 5 para R$ 6, a pauta ainda não foi colocada em votação pelos parlamentares.
O reajuste foi aprovado pelo Conselho Municipal de Trânsito (Comtran) para que seja oficializado a partir do dia 1º de setembro. Em consequência, a prefeitura protocolou na Casa do Povo um projeto para subsidiar a tarifa em R$ 1 por usuário. O montante pago às concessionárias, neste caso, seria de R$ 2.272.420,50.
Contudo, para que possa fazer a complementação, o Executivo precisa aprovar o projeto de lei nas comissões e no plenário da Câmara. A tramitação depende do presidente da casa, Rafael Pasqualotto (PP), que entende como apressada uma sentença. “Esse projeto chegou sem contrato nenhum, sem contrapartida alguma, sem aumento nos horários disponibilizados à população, apenas com a justificativa de não haver aumento lá na ponta. Então precisamos discutir melhor. Que sede é essa de pagar as concessionárias? Quem está sangrando?”
A fala de Pasqualotto foi rebatida, brevemente, pelo vereador Anderson Zanella (PP), que usou como justificativa para pedir celeridade no processo a iminência do aumento da tarifa à população. “Neste caso, quem vai sangrar é o usuário. Não podemos deixar que o contribuinte seja onerado.”
Prefeitura opta por não se manifestar sobre colocação do Legislativo acerca do subsídio
A reportagem procurou a prefeitura de Bento Gonçalves para uma resposta ao posicionamento de Pasqualotto, feito na Câmara Municipal. O Executivo, entretanto, optou por mão emitir um contraponto.