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STJ recebe ação da Itália que pede prisão de Robinho no Brasil

Se a defesa do jogador não se manifestar, a própria presidência do tribunal deve decretar se Robinho irá ou não cumprir pena em solo brasileiro

STJ dá primeiro passo em ação da Itália que pede prisão de Robinho no Brasil
Foto: Robinho foi condenado pela justiça italiana por violência sexual contra uma jovem de origem albanesa 01/02/2012 REUTERS/Tony Gentile

O Supremo Tribunal de Justiça (STJ) deu o primeiro passo para decidir se Robinho, condenado por estupro coletivo na Itália, será preso em território brasileiro. Na noite da última quinta-feira (23), a magistrada Maria Thereza de Assis Moura disse que aceitou o pedido da Justiça italiana e afirmou que o jogador será informado oficialmente do andamento do processo.

Agora, a defesa do ex-Santos e ex-seleção brasileira pode se pronunciar, levando o caso para a análise de um relator integrante da Corte Especial do STJ. Se os advogados não se manifestarem, a própria presidência do tribunal irá decretar se Robinho irá ou não cumprir pena no Brasil. ele foi sentenciado a nove anos por causa do crime ocorrido em 2013, em uma boate de Milão, na época em que atuava pelo Milan.

Em um primeiro momento, a extradição de Robinho foi avaliada pela Justiça Italiana. Uma regra da Constituição Brasileira, entretanto, impede o envio de brasileiros para o exterior.

“O STJ ainda não se pronunciou, por meio de sua Corte Especial, acerca da possibilidade de homologação de sentença penal condenatória para o fim de transferência da execução da pena para o Brasil, notadamente nos casos que envolvem brasileiro nato, cuja extradição é expressamente vedada pela Constituição brasileira”, pontuou a presidente do STJ.

Através das redes sociais, Flávio Dino, o ministro da Justiça, também se pronunciou sobre o caso.

“O Ministério da Justiça recebeu o pedido da Justiça italiana sobre o ex-jogador Robinho. A admissibilidade administrativa foi efetuada e houve a remessa ao STJ, em cumprimento à Constituição Federal. A tramitação jurisdicional foi iniciada”, escreveu.

Publicamente, o atacante está se mantendo em silêncio desde que foi condenado em terceira instância. Além de não conceder entrevistas, o jogador também não está publicando conteúdo nas redes sociais com frequência. Neste ano, por exemplo, o atleta não fez nenhuma publicação em sua conta no Instagram. Seus últimos registros são fotos das festas de fim de ano e uma homenagem a Pelé, além do apoio à reeleição de Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas urnas em outubro de 2022.

*Com informações de Jovem Pan