Caxias do Sul

Soldados do 4ºBPChq de Caxias do Sul recebem a Boina Azul por missão realizada no Haiti

Soldado Rangel e Soldado Pappen viajaram para o Haiti

(Foto: Pamela Jantsch / Grupo RSCOM)
(Foto: Pamela Jantsch / Grupo RSCOM)


O Brasil possui longo histórico de contribuição para a paz mundial. Há 75 anos, no início de 1947, o País enviava, pela primeira vez, três observadores militares para os Balcãs, a serviço das Nações Unidas. Um ano mais tarde, nossa bandeira estaria novamente presente, monitorando o acordo de cessar-fogo árabe-israelense, naquela que se consagrou como a primeira missão de paz das Nações Unidas, motivando a escolha do dia 29 de maio como o Dia Internacional dos Peacekeepers, os “Capacetes Azuis”, ou mais conhecido como “Boina Azul”.

(Foto: Pamela Jantsch / Grupo RSCOM)

No último dia 29 de maio, dois soldados do 4º Batalhão de Polícia de Choque de Caxias do Sul, Soldado Rangel e Soldado Pappen, foram agraciados pelo Instituto Boina Azul, com a Medalha de Ordem de Grau Cavaleiro, honraria em homenagem ao Dia Internacional dos Peacekeepers das Nações Unidas. Tal ato visa a homenagear homens e mulheres que em determinado momento abdicaram de seus lares e suas famílias em busca da paz em outras nações.

Rangel, que ingressou no Exército Brasileiro em 2011, foi para o Haiti em novembro de 2013, após passar por um período de provas e preparação. Ele ainda relata que ao chegar no país, se deparou com uma situação de pobreza extrema: “A gente acaba se deparando com situações não tão visíveis aqui no Brasil. É uma situação bem caótica. Tem o lado bom, a parte mais rica da cidade, mas a cidade de Porto Príncipe, na qual a gente foi servir, é bem pobre.”

Pappen, que viajou no final de 2014,  também para o Haiti, comenta sobre as ações que fizeram em conjunto com a comunidade: “Nós fizemos muitas ações indo nas escolas, levando cestas básicas e brincando com as crianças. Eles gostavam muito de futebol, e a gente, por ser do Brasil, alegrava muito as crianças. A gente chegava, jogava bola com eles, coisas que são normais aqui, mas que para eles, era algo desconhecido. Nós também aprendemos muito com eles”.

“Em nosso período de folga, muitas vezes nos finais de semana, a gente ia até os orfanatos para brincar com as crianças, levar alguns alimentos, enfim, pra dar um pouco de conforto e alegria para as crianças. Nós construímos uma escola para 250 crianças, para poder auxiliar na educação. Também tivemos um apoio muito forte por parte de religião, tinham freiras que auxiliavam a gente nos orientando sobre a cultura do país, para que a gente pudesse ajudar da melhor forma possível e não atrapalhar na cultura deles, pois querendo ou não, nós éramos os estrangeiros lá”, destaca ainda Rangel.

Para Pappen, a missão foi muito gratificante, tanto como militar, como para pessoa: “É um esforço grande, deixar nossa família e nossos amigos e ir para um lugar desconhecido, sabendo que não ia ser nada fácil, e chegar lá em um primeiro momento e ter um choque enorme de realidade. Mas hoje, com certeza, eu faria tudo novamente, pois é muito gratificante saber que eu e meus colegas pudemos ajudar, é muito gratificante”.

O 4ºBPChq destaca que sente-se honrado de ter como parte de sua tropa, homens valorosos, que demonstraram e ainda demonstram diariamente sua lealdade à missão de servir e proteger.

Confira algumas imagens feitas pelos Soldados: