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Sócio de Nego Di em suposto esquema estelionatário está foragido, afirma Polícia Civil

Detalhes foram apresentados durante coletiva de imprensa. Golpe teria resultado no prejuízo de R$ 5 milhões em mais de 370 vítimas

Sócio de Nego Di em suposto esquema estelionatário está foragido, afirma Polícia Civil
Foto: Polícia Civil/Divulgação

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul apresentou no final da tarde de domingo (14) detalhes da investigação que resultou na prisão preventiva do humorista Dilson Alves da Silva Neto, popularmente conhecido como Nego Di, em uma casa na praia de Jurerê em Florianópolis, em Santa Catarina. A polícia também confirmou que o sócio do influenciador no esquema de estelionato, Anderson Bonetti, está foragido com mandado de prisão preventiva em aberto. O golpe teria resultado no prejuízo de R$ 5 milhões em mais de 370 vítimas.

Segundo o Chefe da Polícia Civil do Estado, delegado Fernando Antônio Oliveira Sodré, a investigação iniciou em 2022, com a criação do site no qual ambos eram sócios. Nenhum aparelho adquirido foi entregue para as vítimas no Rio Grande do Sul e fora do Estado. Desde o final da tarde deste domingo, Nego Di foi encaminhado para Canoas, onde ficará recolhido ao sistema prisional de forma preventiva.

Mesmo sabendo das reclamações, ele (Nego Di) continuou fazendo a oferta dos bens, o que não deixa dúvida nenhuma de que ele é autor e participou ativamente destes crimes. As pessoas foram vitimadas nesta fraude a partir da influência dele nas redes sociais. Não há nenhum conteúdo neste inquérito que tenha caráter político. Trata-se de uma investigação técnica em curso desde 2022, com quebra de sigilo bancário e telefone, que não nos deixa dúvidas da prática de estelionato”, afirmou.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, o início das atividades da sociedade firmada entre Nego Di e Anderson Bonetti iniciou em 2022, quando a loja virtual foi criada. Na internet, eles teriam iniciado a fazer a venda de bens com valor abaixo do mercado, atraindo as vítimas. Entre março e maio de 2022, as primeiras ocorrências foram registradas em delegacias de polícia no RS, noticiando que a entrega dos bens não havia sido feita.

A polícia reforçou que o prazo de 50 dias que foi informado pela loja fazia parte do plano idealizado pelos criadores para ludibriar as vítimas. Com a investigação técnica, os policiais afirmam ter conseguido comprovar que Nego Di havia recebido mais de R$ 300 mil em sua conta bancária no mesmo período, mesmo enquanto o humorista divulgava vídeos em redes sociais afirmando que também teria sido vítima do esquema.

O inquérito da Polícia Civil foi encerrado em 2023 e encaminhado ao Ministério Público do Rio Grande do Sul. A prisão preventiva dos dois supostos sócios no esquema foi determinada na noite da última sexta-feira.

Fonte: Correio do Povo

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