Comportamento

Sobe para 25 o número de mortes por leptospirose no estado

A mais recente morte foi a de um homem, de 52 anos, residente do município de Estrela. Outros quatro óbitos estão sob investigação.

A  leptospirose é uma doença transmitida pela exposição direta ou indireta à urina de animais – principalmente ratos. (Reprodução)
A  leptospirose é uma doença transmitida pela exposição direta ou indireta à urina de animais – principalmente ratos. (Reprodução)

A Secretaria Estadual da Saúde (SES) confirmou mais uma morte por leptospirose relacionadas às enchentes de maio no Rio Grande do Sul. De acordo com informe epidemiológico divulgado nessa quinta-feira (27), agora são 25 vítimas da doença no estado.

A mais recente morte foi a de um homem, de 52 anos, residente do município de Estrela. Outros quatro óbitos estão sob investigação. Desde o início da catástrofe, já foram notificadas 6.168 suspeitas da doença, das quais 485 (7,9%) receberam teste positivo.

Os casos fatais de leptospirose registrados até o momento ocorreram em Porto Alegre (4), Novo Hamburgo (2), Alvorada (2), Alecrim, Capela de Santana, Charqueadas, Estrela, Rio Grande, Pelotas, Venâncio Aires, Três Coroas, Travesseiro, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Igrejinha, Guaíba, Encantado, Canoas, Cachoeirinha e Viamão.

A  leptospirose é uma doença transmitida pela exposição direta ou indireta à urina de animais – principalmente ratos – infectados pela bactéria Leptospira. Equipamentos individuais de proteção (EPIs) são indicados para evitar o contato com a água das enchentes.

As manifestações da leptospirose variam de formas assintomáticas até quadros graves que podem levar o paciente à morte. São divididas em duas fases: fase precoce e fase tardia. O período de incubação – intervalo entre a transmissão da infecção até o início das manifestações dos sinais e sintomas – varia de um a 30 dias, mas é comum ocorrer entre sete e 14 dias após a exposição a situações de risco.

O diagnóstico é feito a partir da coleta de sangue no qual é verificado se há presença de anticorpos para leptospirose (exame indireto) ou a presença da bactéria (exame direto). O atendimento a pacientes com leptospirose é ambulatorial em casos leves; nas situação graves, a hospitalização deve ser imediata.

Segundo o Ministério da Saúde, a antibioticoterapia é indicada em qualquer período da doença, mas tem mais eficácia na primeira semana após o início dos sintomas. Além disso, na fase precoce, são utilizados doxiciclina ou amoxicilina; para a fase tardia, penicilina cristalina, penicilina G cristalina, ampicilina, ceftriaxona ou cefotaxima.

Principais sintomas da fase precoce:
Febre
Dor de cabeça
Dor muscular, principalmente nas panturrilhas
Falta de apetite
Náuseas/vômitos