Caxias do Sul

Sobe para 11 o número de focos do Aedes aegypti em Caxias do Sul

Foto: (Lucas Teles/Divulgação)
Foto: (Lucas Teles/Divulgação)

Ao todo, 11 focos do Aedes aegypti foram identificados em Caxias do Sul desde o início deste ano. A Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) localizou, nas últimas semanas, oito novos criadouros do mosquito transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya. Cinco deles foram encontrados durante o Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre os dias 11 e 20 de fevereiro. Outros três, durante as varreduras tradicionalmente feitas em regiões com registro de focos.

Os novos criadouros foram detectados nos bairros Alvorada (1), Bela Vista (1), Desvio Rizzo (1), Esplanada (2), Mariani (1) e Santa Lúcia Cohab (2). Sete deles estavam em residências e um numa empresa. Anteriormente, entre os dias 1º e 8 de fevereiro, três focos já haviam sido notificados nos bairros Esplanada (2) e Salgado Filho (1).

Rogério Poletto, coordenador da Vigilância Ambiental, chama a atenção para a importância de a população fazer a sua parte. “Os agentes de endemias fazem as vistorias de rotina e monitoram os pontos estratégicos para proliferação do inseto. Os agentes comunitários de saúde também auxiliam na identificação de focos durante as visitas domiciliares e na orientação da população. Porém, é fundamental que o cidadão faça sua parte, evitando o acúmulo de água parada. O inseto é capaz de se desenvolver mesmo em pequena quantidade de água, como numa tampinha de garrafa. Então, precisamos estar vigilantes em nossas casas, no pátio e entorno”, explica.

Poletto ainda destaca o fato de Caxias do Sul estar em época de Festa da Uva, o que exige ainda mais vigilância. “O aumento do fluxo de pessoas e veículos oriundos de outras cidades infestadas por Aedes aegypti e com transmissão da doença eleva significativamente o risco de registrarmos casos autóctones de dengue, zika e febre chikungunya”, alerta. Chama-se caso autóctone quando a doença é contraída dentro do município de residência do enfermo.

No ano passado, foram registrados 15 focos, sendo apenas dois até meados de fevereiro. Apesar do aumento do número de criadouros nestes dois primeiros meses de 2019, o Índice de Infestação Predial (IIP) do município é considerado baixo. O IIP é determinado pelos resultados do LIRAa. Durante o levantamento, 6,8 mil imóveis foram vistoriados na área urbana da cidade, com identificação de cinco focos do Aedes aegypti. Os números representam índice de infestação de 0,1%, ou seja, baixo risco de transmissão de doenças. O IIP é estratificado em três níveis: menor que 1% considera-se baixo risco; de 1% a 3,9%, risco médio; e acima de 4%, alto risco.

Dicas de prevenção

Limpar com escovação semanal o recipiente de água dos animais domésticos;

Recolher o lixo do pátio;

Colocar o lixo ensacado para ser recolhido pela Codeca;

Recolher pneus inservíveis e armazená-los em locais secos e protegidos da chuva; ou encaminhar ao Ecoponto da Codeca (tem custo de R$ 1,65 por pneu, para o morador que entregar o pneu seco na Codeca);

Tampar caixas d’água;

Colocar telas milimétricas em caixas d’água descobertas, reservatórios de captação de água da chuva e nos ralos;

Limpar as calhas;

Semanalmente, lavar e escovar piscinas plásticas, trocando a água;

Eliminar os pratinhos das plantas.