Caxias do Sul

Sindisaúde denuncia irregularidades trabalhistas na UPA Zona Norte

(Foto: Maicon Rech)
(Foto: Maicon Rech)

O sindicato que representa os empregados em estabelecimentos de saúde de Caxias do Sul, o Sindisaúde, protocolou no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) uma denúncia de irregularidades trabalhistas na recém-inaugurada Unidade de Pronto Atendimento 24 horas, a UPA Zona Norte.

Funcionários estariam atuando de maneira irregular (Foto: Maicon Rech)

Conforme o documento, o Instituto de Gestão e Humanização (IGH), que administra o local, não formalizou os contratos de trabalho dos profissionais que estão exercendo suas atividades desde o dia 20 de setembro.

Segundo o presidente do Sindisaúde, Danilo Teixeira, a empresa atua de maneira irregular e causa dificuldades aos funcionários ao descumprir a lei e não fornecer vale-transporte.

“Nós fizemos uma visita na sexta-feira, dia 22, por conta de denúncias de empregados de que a empresa não tinha formalizado nenhum contrato de trabalho com os profissionais que atuam lá, que estavam desempenhando as atividades de forma irregular. Também não estavam fornecendo vale-transporte para os trabalhadores e que o pessoal estava passando dificuldade, porque grande parte dos profissionais estavam desempregados e tendo que arrumar dinheiro emprestado pra se dirigir até a UPA”, diz Teixeira.

Sindisaúde reclama também da secretária de saúde de Caxias (Foto: Maicon Rech)

De acordo com Teixeira, o IGH teria se comprometido em regularizar a situação nos próximos dias. O presidente do Sindisaúde lamenta o fato de ter procurado a Secretária Municipal de Saúde, Deysi Piovesan, e não ter sido atendido.

“Nós entramos em contato com o IGH em Salvador e eles colocaram que estariam providenciando, que tinha problema no CNPJ, mas isso a empresa tem que ver antes. Tu tens que ter o contrato de trabalho imediatamente no início da prestação de serviço. Então são situações que eles deveriam estar prevendo. Eles tiveram tempo pra isso. Outra questão que nos deixou indignados é que tentamos uma conversa com a doutora Deysi, e em nenhum momento ela marcou reunião ou atendeu as nossas ligações. Simplesmente ignorou. Deixamos vários recados, falamos com a assessoria dela diversas vezes. Queríamos conversar, resolver a situação dialogando. É muito difícil falar com eles (IGH). E o mais impressionante é nossa secretária da saúde, que não dá retorno. A impressão que dá é que a secretaria está acéfala, infelizmente”, reclama.

A denúncia entregue à gerência regional do MTE ressalta, ainda, que a empresa exige que os empregados comprem parte do uniforme, pois fornece apenas jaleco e obriga o uso de calça branca e sapatos da mesma cor.

De acordo com a direção do Sindisaúde de Caxias do Sul, a medida adotada pela empresa desrespeita a convenção coletiva de trabalho da categoria. A denúncia também foi entregue à Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores.

O Instituto de Gestão e Humanização (IGH) foi procurado pela reportagem, que não obteve retorno até o fechamento desta matéria.