Bento Gonçalves

Sindilojas reforça campanha de combate ao comércio ilegal

Sindilojas reforça campanha de combate ao comércio ilegal


Amadio e o presidente do Sindilojas de Vacaria, Antônio Dutra

O presidente do Sindilojas Regional Bento Gonçalves, Daniel Amadio, vem percorrendo o estado para desenvolver e divulgar ações contra o comércio ilegal. Amadio é vice-coordenador da Comissão de Combate à Informalidade de Fecomércio.

O trabalho é multifacetado. Há 15 dias, por exemplo, esteve em Vacaria, onde na Câmara de Vereadores conversou com lideranças do comércio, autoridades militares, do executivo, e do legislativo além dos responsáveis pela fiscalização. “Em cada local temos uma realidade diferente”, revelou. “Na fronteira é o abigeato que preocupa, em algumas cidades são as feiras itinerantes. Em Vacaria constatamos que o comércio de ambulantes e aquele pelas redes sociais que preocupam os comerciantes legalmente estabelecidos”.

Cartilhas vão ajudar na educação para o combate ao comércio de produtos ilegais (Fotos: divulgação)

Recentemente ele esteve na Secretaria de Educação de Bento Gonçalves (Smed), onde apresentou às diretoras das escolas municipais, a cartilha ‘Comércio informal: que bicho é esse?’, editada pela Fecomércio. Na Smed, foram entregues exemplares a todas as escolas com incentivo para que todas as diretoras a desenvolverem ações em sala de aula visando mostrar aos estudantes dos 4º e 5º anos do ensino fundamental os impactos negativos do comércio ilegal. “Somos sabedores do quanto as crianças levam esse tipo de mensagem aos seus familiares. Nossa intenção é fazer com que eles entendam que a pirataria, que o contrabando ou até mesmo a não emissão de nota fiscal afeta a todos. Neste caso, estamos mostrando que os recursos não gerados através de impostos não recolhidos, afetam diretamente áreas de interesse de todos, como educação, segurança e saúde”, explica Amadio.

Em Bento Gonçalves, a campanha teve início ainda em outubro quando professores e alunos da Escola Municipal Vania Mincarone participaram do lançamento. A cartilha da Fecomércio mostra conceitos sobre pirataria, contrabando, falsificação de produtos tendo como ator principal o boneco Proconito. Assim como em Bento Gonçalves o material está sendo distribuído em todo o Estado.

Em números

O comércio ilegal traz prejuízos indeléveis ao comércio e à indústria nacional. As repercussões também se dão na arrecadação tributária. O emprego formal também sofre.

Calcula-se que em 2017 o comércio ilegal movimentou  983 bilhões de reais, ou 16,3% do PIB. No Rio Grande do Sul foram 52,7 milhões de reais e em Vacaria a estimativa encosta nos 270 milhões de reais.

Produtos piratas como como óculos de sol forma 42% da oferta no mercado e os cigarros passam de 50%. São dois produtos que, embora mais baratos e do prejuízo ao fisco, oferecem risco real à saúde e à segurança pública, uma vez que no caso dos cigarros especialmente, é uma economia que ajuda a sustentar o crime organizado.