Caxias do Sul

Sindicato crê que pagamento de rescisão de merendeiras ocorra nos próximos dias

Sindicato crê que pagamento de rescisão de merendeiras ocorra nos próximos dias

O Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza e Conservação (Sindilimp) espera resolver nas próximas semanas o impasse envolvendo o pagamento da rescisão de aproximadamente 170 merendeiras que atuavam na rede municipal de ensino em Caxias do Sul. O pagamento deveria ter sido realizado no dia 18 deste mês, mas a empresa FA Recursos Humanos LTDA não cumpriu com os compromissos.

Conforme o advogado do Sindilimp, José Alex Biton Tapia, a entidade acompanha a conturbada relação entre as funcionárias e a empresa terceirizada da prefeitura de Caxias do Sul há um ano e meio. Segundo ele, o sindicato aguardou o prazo legal e ingressou com uma ação cobrando os valores no dia 19 deste mês.

Desde então, um processo tramita na 5ª Vara do Trabalho e o advogado espera que uma audiência de conciliação nos próximos dias traga algum avanço para as merendeiras. Conforme Tapia, o acesso aos valores de FGTS ainda não foram viabilizados porque a empresa não forneceu a documentação necessária. “A empresa não apresentou os documentos, mas o sindicato vem insistindo muito. Nós devemos ter uma audiência nos próximos dias, onde pretendemos, entre outras coisas, resolver essa questão mais imediata do fundo de garantia e do seguro desemprego e, ao mesmo tempo, já viabilizar a liberação de uma parcela dos valores que foram retidos por ordem judicial”, afirma o advogado.

Ainda conforme o Sindicato, a empresa estaria alegando que não fez o pagamento das rescisões porque teve os valores da última parcela do contrato com a prefeitura retidos judicialmente. O contrato, no entanto, prevê que o poder público só poderia fazer o pagamento desses valores quando a empresa apresentasse a documentação que confirma a quitação de todas as obrigações trabalhistas.

A Secretaria Municipal de Educação, por meio de sua assessoria, confirmou que há um valor bloqueado judicialmente para o pagamento das merendeiras. A Smed diz que aguarda um posicionamento da Justiça para definir como fazer o repasse do dinheiro.

Conforme a merendeira Elineide Ferreira dos Santos, que trabalhou mais de quatro anos na Escola Presidente Castelo Branco, há trabalhadoras que estão sendo ameaçadas de despejo, já que moram de aluguel e não estão conseguindo pagar as contas. Ela pede uma solução urgente para a categoria.

“A gente não recebeu nada ainda. A gente está a ver navios. Todo mundo está precisando, tem pessoas que moram de aluguel que estão sendo ameaçadas de despejo. Isso é o cúmulo. Nós queremos uma colocação do sindicato, nós queremos uma resposta, não queremos mais adiamento. A gente pede, por favor, para que ao menos nos liberem o fundo de garantia e o seguro-desemprego, para que a gente consiga segurar as pontas “, implora Elineide.

A empresa FA Recursos Humanos não é mais terceirizada do município. Neste ano, ela perdeu a licitação para prestar o serviço nas escolas municipais de Caxias. Desde o dia 1º de junho, a empresa P.R.M. Serviços de Mão de Obra Especializada Eireli assumiu o trabalho.