No último dia 13 de dezembro, o Sindicato dos Rodoviários de Caxias do Sul e Região realizou uma assembleia com os trabalhadores da Visate para a renovação do acordo coletivo de trabalho, tendo como objetivo representar a classe na busca de benefícios para a categoria. O reajuste passou a valer no último dia 1º de dezembro.
O presidente da entidade, Tacimer Kulmann da Silva, explica que o sindicato não representa apenas os funcionários da Visate, mas também todos os empregados das diversas categorias do transporte, enfatizando a luta da entidade em defender o ramo.
“Somos representantes de todos os trabalhadores da área do transporte, mas têm divisórias, tem transporte de carga, transporte por fretamento, por intermunicipal, público e de estações rodoviárias, além de outros acordos com outras empresas também. Todos são transportes, mas eles são divididos por áreas diferentes. Uns são motoristas, outros são operadores de sistema, o pessoal do escritório e etc” explicou Tacimer.
Os funcionários da Visate terão reajuste de 6% nos salários, acréscimo de 11,50% no ticket alimentação, manutenção do plano de saúde e isenção do percentual de desconto do vale transporte.
Para a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários a negociação foi positiva, pois os benefícios já conquistados foram mantidos e os percentuais de reajustes de valores ficaram acima da inflação dos últimos 12 meses.
“Viemos por muitos anos tentando negociar um ganho real além da inflação que é medida pelo INPC (Índice de Preços no Consumidor) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Esse ano conseguimos pouca coisa, mas conseguimos um reajuste de ganho real. Não é o melhor acordo, mas pelo que vemos hoje e, como ocorrem as negociações no país inteiro, dessa forma ficou mais ou menos bom para o trabalhador” destacou.
A partir de quando os funcionários recebem o valor com reajuste?
A data base da Visate foi 1º de dezembro, sendo assim, em janeiro de 2023, os funcionários passam a receber o reajuste, incluindo a diferença no décimo terceiro que deverá ser pago até esse dia 20.
Desafio da classe do transporte durante a pandemia
Tacimer relatou à reportagem que o período pandêmico de covid-19 foi extremamente difícil para quem trabalha no ramo do transporte, resultando principalmente em demissões em massa.
“É muito grande o número de trabalhadores que foram demitidos, não só em Caxias, mas em todo o Estado e Brasil. É espantoso o número de demissões no transporte público urbano. Nós vinhamos de 1200… 1400 funcionários, antes da pandemia, hoje estamos com cerca de 800. Muitos trabalhadores perderam seus empregos e ainda não retornaram ao trabalho. Esse déficit está muito grande. Para nós do transporte foi muito prejudicial aos trabalhadores” finalizou Tacimer.