Setor da Construção precisará esperar para uma retomada de fôlego

Mais de 150 profissionais e convidados da Ascon Vinhedos participaram na noite de quinta-feira da 7ª edição do Meeting da Construção Civil, em Bento Gonçalves. Para Adriano de Bacco, presidente da entidade, o evento foi exitoso e permitiu que empresários do setor vislumbrem o cenário político e econômico do país.

Na ocasião a professora e economista Patrícia Palermo advertiu que o setor, assim como foi dos que sentiu mais tardiamente os efeitos da crise, também será um dos últimos a experimentar a retomada do crescimento.

Quem esperava ouvir palavras de estímulo teve que se contentar com pouco. “Em termos de economia estamos `despiorando` apenas”, sentenciou. Ela lembrou que o PIB caiu mais do que o índice de emprego e que portanto ainda há ociosidade nas empresas. Disse mais: o retorno da atividade econômica mais forte se dará pela retomada do consumo das famílias e apenas mais tarde os investidores voltarão a consumir bens como imóveis. A boa notícia fica por conta da inflação controlada e dos juros baixos. Mas a confiança ainda esta em baixa, especialmente por conta das eleições. “Certamente propostas populistas não ajudam”.

Palermo indicou que as empresas ainda precisam, no ambiente interno, melhorar seus índices de produtividade e que o Brasil precisa urgentemente resolver sua questão fiscal. “É preciso enfrentar a crise fiscal. Hoje a dívida equivale a 77,19% do PIB e a principal causa para tanto é a Previdência.

O evento contou ainda com exposição da gerente do Sebrae Roberta Aviz que faliu sobre a velocidade das mudanças no mundo contemporâneo, sugerindo que o ramo da construção civil deve estar atento para todas estas mudanças. Inovar e encontrar nichos de atuação é a saída para continuar com o negócio e prosperar.