Segue a luta do Sindicato dos Servidores Municipais de Caxias do Sul (Sindiserv) para a Campanha Salarial 2022. Desde março, o sindicato vem cobrando a prefeitura, realizando até mesmo dois protestos em frente ao Centro Administrativo. Agora uma nova manifestação poderá ocorrer, porém, desta vez em forma de greve por parte dos servidores.
Conforme a presidente do Sindiserv, Silvana Piroli, na próxima quinta-feira (18), os servidores estarão em paralisação, sendo que se o Poder Público não der uma reposta, a greve poderá continuar.
“Desde março apresentamos nossa pauta de reivindicações ao Executivo e não tivemos avanços, então estamos pedindo repasses da inflação do período, a garantia do repasse da trimestralidade, as melhorias das condições de trabalho, a nomeação dos servidores, uma série de questões que são importantes não só para o servidor, mas para melhorar as condições de prestação de serviço à comunidade” disse Silvana.
A presidente explica que irá ocorrer às 11h, da próxima quinta-feira, uma reunião da comissão, junto com o prefeito Adiló Didomenico, para uma possível negociação, tendo em vista que neste dia não haverá atendimento nos principais serviços do município em função da paralisação.
“Se não tivermos as nossas reivindicações atendidas entraremos em estado de greve de mobilização permanente e os próximos passas serão decididos em Assembleia”, salientou Piroli.
Silvana também comenta que a prefeitura tem condições financeiras para tal negociação e lembra que a valorização dos servidores era um compromisso que Adiló tinha durante a campanha eleitoral.
“Nem estamos falando em aumento salarial, estamos falando somente de reposição da inflação. Os índices oficiais da inflação estão longe de serem os índices que acontecem efetivamente que ocorre na prateleira do supermercado ou preço do combustível, estamos falando do valor oficial. A prefeitura vem falando em falta de recurso, só que os recursos e o comprometimento do pessoal comparado com a receita está em torno de 43%, então recursos existem” explicou.
Outro ponto debatido, é a ausência de materiais em alguns setores, como Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), remédios na área da saúde, até mesmo botas e luvas em outras áreas.
“Estamos passando por um momento muito delicado no sistema público e esperamos que isto se reverta a partir da mobilização e podemos melhorar nosso atendimento para as cidades e as pessoas que buscam o serviço público” finalizou.
O SindiServ ressalta que não têm intenção de prejudicar o atendimento nos serviços, mas esclarece que o ato é uma necessidade para os servidores conseguirem rever a situação que é de perda salarial constante.