Cidades

Serviço Geológico do Brasil alerta para riscos geológicos pós-enchentes em São Francisco de Paula

Em alguns pontos vistoriados já foi possível observar trincas e deformações. Os pesquisadores alertam para a necessidade de monitoramento regular, a fim de avaliar a progressão do problema. O SGB recomenda que se aguarde o período da estiagem para o retorno da população residente no entorno das áreas críticas.

Foto: Serviço Geológico do Brasil
Foto: Serviço Geológico do Brasil

O Serviço Geológico do Brasil (SGB) divulgou os resultados das avaliações técnicas realizadas nos municípios de Arvorezinha, Encantado, Lindolfo Collor, Marques de Souza, Putinga e São Francisco de Paula, afetados pelas chuvas intensas de maio que causaram inundações históricas e processos geológicos, como deslizamentos de terra e rachaduras no solo.

“Essa é uma importante ação pós-desastre que realizamos para dar suporte aos municípios que precisam neste momento tão crítico e, muitas vezes, não dispõem de equipe técnica para essas análises. Os nossos estudos fornecem importantes informações aos gestores públicos para tomarem decisões que garantam a proteção das comunidades afetadas”, explicou Diogo Rodrigues, chefe do Departamento de Gestão Territorial.

São Francisco de Paula
No relatório, o SGB indica que há riscos geológicos devido ao volume de chuvas, que provocou instabilidade do solo. Em alguns pontos vistoriados já foi possível observar trincas e deformações. Os pesquisadores alertam para a necessidade de monitoramento regular, a fim de avaliar a progressão do problema. O SGB recomenda que se aguarde o período da estiagem para o retorno da população residente no entorno das áreas críticas.

Formulação das análises

As análises foram realizadas in loco entre os dias 27 e 31 de maio em áreas habitadas indicadas pelas defesas civis municipais. Os relatórios detalham os danos e riscos geológicos remanescentes, sugerindo ações de curto prazo e medidas estruturantes e não estruturantes para mitigar novos desastres. Recomendações incluem o reforço do Sistema de Monitoramento e Alerta Hidrológico, elaboração de planos de contingência e revisão do mapeamento de áreas de risco.

Os estudos foram conduzidos pelos pesquisadores do SGB: Lenilson José Souza de Queiroz, Renato Ribeiro Mendonça, Angela Bellettini, Marlon Hoelzel, Débora Lamberty Giovani Parisi e Raquel Barros Binotto.