Trânsito

Secretário fala sobre possíveis reduções nas tarifas dos pedágios na Serra Gaúcha

"Acreditamos que esse é um processo que ainda tem um caminho a ser percorrido até a assinatura de contrato" disse o secretário de Parcerias do RS

Foto: EGR / Divulgação
Foto: EGR / Divulgação

Na tarde desta terça-feira (17), o secretário extraordinário de Parcerias do Rio Grande do Sul, Leonardo Busatto, esteve presente na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias), juntamente com os representantes da entidade e políticos da região, para debater sobre as próximas etapas do programa de concessões de rodovias da Serra, onde foi esclarecido as principais dúvidas sobre o processo do bloco 3, cujo leilão foi vencido pelo consórcio Integrasul no último dia 13 de abril e teve a sua homologação publicada no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira (17).

Busatto tomou conhecimento de iniciativa da entidade, que formou um grupo para estudar medidas de ordem tributária e contratual que possam permitir a redução do valor da tarifa, desde que respeitadas as regras do edital e dos contratos. O secretário, em entrevista com o Portal Leouve, destacou que foi muito importante debater o assunto na CIC, onde foi apresentado um resumo do resultado do leilão do bloco 3 e das rodovias da região, além de alguns pleitos que serão discutidos a partir de agora, especialmente com a concessionária, para estabelecer os próximos passos.

Acreditamos que esse é um processo que ainda tem um caminho a ser percorrido até a assinatura de contrato. Especialmente, após a sanção da rodovia por parte da empresa, aí sim começar um grande planejamento de obras. Certamente vai ter uma série de interferências aqui na região, mas o grande benefício, que são os investimentos e melhorias, elas estão bem compreendias e o Estado, junto com os prefeitos e a região, vai tentar trabalhar para que essa concessão seja o mais bem sucessível possível” disse o secretário.

Leonardo também relatou as possibilidades de baixar a tarifa dos pedágios, destacando que o contrato prevê equilíbrios, tanto para cima quanto para baixo. “O fato é que esse reequilibro tem que vir de alguma fonte de recursos, seja a partir de uma redução de impostos, que foi uma das sugestões aventadas aqui, seja a partir de aporte de recursos ou até remanejando cronograma de obras, ou seja, qualquer uma dessas possibilidades podem sim reduzir a tarifa e, se for um entendimento da região, do próprio Estado, acredito que é viável, porque os investimentos são muitos importantes, claro que temos que entender o lado do usuário e tentar ter uma tarifa mais módica possível” destacou o Leonardo.

Para finalizar, Bussato mencionou sobre os R$ 3,4 bilhões que serão arrecadados nos 30 anos sobre a concessão de 271,5 quilômetros de rodovias na Serra e no Vale do Caí, que fazem parte do bloco 3 do programa RS Parcerias. “O mais importante, grande parte deste valor, são R$ 2,2 bilhões em sete anos. O que significa isto na prática? Por exemplo, a duplicação integral de todo o trecho entre Bento Gonçalves a Farroupilha. A duplicação até o ano quatro de São Vendelino a Farroupilha e a extensão da duplicação em direção a Flores da Cunha a partir de Caxias do Sul, e todas as obras de arte, rotatórias, marginais, ciclovias, ou seja, todo esse conjunto de obras vão ser feitos em até sete anos, o que vai tornar muito melhor a logística e mobilidade da região e certamente vai reduzir muito os acidentes que ocorrem, infelizmente, diariamente da região”, finalizou Leonardo Bussato.