A terceira greve dos médicos que atendem pelo Sistema Único de Saúde em Caxias do Sul somente em 2017 completa 16 dias nesta quarta-feira, dia 3 de maio. O movimento, inicialmente organizado pelo Sindicato dos Médicos e agora conduzido por uma comissão especial, segue por tempo indeterminado. Até agora, mais de 9,5 mil consultas deixaram de ser realizadas ao longo da paralisação.
Conforme o Secretário de Saúde de Caxias do Sul, Fernando Vivian, as negociações entre a prefeitura e os servidores não avançam há mais de uma semana, desde que a justiça declarou que o Sindicato dos Médicos não tem competência para conduzir a greve da categoria. No entendimento da justiça, um processo já julgado em todas as instâncias deixa claro que a representação dos servidores médicos é papel do Sindiserv.
Fernando Vivian garante que o município tem tomado medidas administrativas e não pagará os dias não trabalhados pelos médicos grevistas. “Nesta semana participamos de uma audiência no Ministério do Trabalho para prestar esclarecimentos do que está sendo feito frente a ilegalidade dessa greve. Uma delas o prefeito já sinalizou, que é descontar os dias não trabalhados. A partir de agora, serão encaminhados os processos administrativos para aqueles que ainda persistirem com as faltas”, declarou.
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A adesão dos médicos à paralisação, que chegou a ser de quase 70% na semana passada, hoje é de pouco menos de 30%. Ontem, dos 135 médicos escalados para trabalhar, 39 não compareceram nas Unidades Básicas de Saúde, no Centro Especializado de Saúde e no Cais Mental.
Quando o impasse entre a prefeitura e os médicos chegar ao fim, o município pretende viabilizar a realização de um mutirão para que os pacientes não atendidos durante a greve tenham suas consultas realizadas.
