Bento Gonçalves

Secretário de Saúde avalia o que ocasionou aumento de tempo de espera na UPA

Secretário de Saúde avalia o que ocasionou aumento de tempo de espera na UPA

A falta de um médico para atender no plantão e possíveis erros de escala estão entre as explicações da secretaria da Saúde para os problemas ocasionados na noite da quinta-feira, dia 25, na Unidade de Pronto Atendimento 24 Horas (UPA), que resultaram em pacientes que tiveram que esperar até 10 horas pelo atendimento. De acordo com o secretário de Saúde, Diogo Segabinazzi Siqueira, o problema foi pontual e está sendo investigado internamente pela prefeitura.

A gente está tentando investigar quais foram os erros que aconteceram, e obviamente nós seremos bastante enérgicos na tomada de decisão para a gente evitar e fazer com que não aconteça mais isso. Tenho certeza que isso não vai acontecer mais, porque a gente vê como um caso isolado, mas nós teremos que tomar uma atitude para realmente isso não acontecer de novo”, afirmou o secretário.

Para Siqueira, a procura por atendimento naquele dia foi atípica, e o grande tempo de espera não é um problema crônico na UPA. Mesmo assim, o secretário admite que a ampliação da procura por atendimentos na unidade também se deve à diminuição dos atendimentos nas unidades básicas de saúde localizadas nos bairros e localidades do interior.

O secretário afirma que a falta de repasses dos governos estadual e federal ocorridas no ano passado para a manutenção das equipes da Estratégia da Saúde da Família e dos Programas de Saúde da Família obrigou a uma redução desses atendimentos.

Nesses momentos de crise, a gente tem que fazer algumas escolhas e, obviamente, a gente precisa reduzir em alguns pontos. Se a gente vai observar a longo prazo, isso vai acabar afetando as unidades de pronto atendimento e vai acabar superlotando essas unidades”, avalia.

Segundo ele, esse foi um dos motivos que fizeram o município reativar os atendimentos em localidades do interior desde a semana passada. Com isso, as unidades de São Pedro, São Valentin, 15 da Graciema, Tuiuty e Faria Lemos, que estavam desde o início do ano sem o atendimento médico, voltaram a ser atendidas com pelo menos um profissional, que está atuando de forma escalonada nessas localidades.