A Secretaria da Saúde (SES) do Rio Grande do Sul está intensificando seus esforços para reforçar a importância da vacinação como medida crucial na prevenção de doenças em meio à crise meteorológica que afeta a região. A orientação é priorizar as vacinas contra influenza (gripe), Covid-19, tétano, hepatite A e raiva. Essa recomendação segue as diretrizes do Ministério da Saúde, em conjunto com a SES e o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do RS (Cosems/RS).
Desde o início da crise, o estado recebeu mais de 1,5 milhão de doses de vacinas para sete doenças diferentes. Eliese Denardi Cesar, chefe da Seção de Imunizações do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), vinculado à SES, enfatiza a importância da atualização vacinal: “É importante que a pessoa esteja com a vacinação em dia e receba as vacinas prioritárias, que previnem contra doenças que podem se tornar graves”.
As vacinas estão disponíveis nas unidades de saúde dos municípios, e a SES detalha quem pode se vacinar:
Gripe (Influenza)
Público-alvo: Indivíduos a partir de seis meses de idade.
Covid-19
Público-alvo: Indivíduos entre 6 meses e 4 anos, 11 meses e 29 dias não vacinados ou com esquema vacinal incompleto, de acordo com a faixa etária, para vacinação de rotina.
Grupos Prioritários: Pessoas de 60 anos ou mais; pessoas em instituições de longa permanência e seus trabalhadores; imunocomprometidos; comorbidades; indígenas; ribeirinhos; quilombolas; gestantes e puérperas; pessoas com deficiência permanente; pessoas privadas de liberdade maiores de 18 anos; funcionários do sistema de privação de liberdade; adolescentes e jovens em medidas socioeducativas; pessoas em situação de rua. Excepcionalmente, estão incluídos como grupos prioritários aqueles que se encontram em abrigamentos e socorristas profissionais e voluntários.
Tétano
Grupos Prioritários: Socorristas, população resgatada com ferimentos, gestantes abrigadas e puérperas até 45 dias pós-parto (caso não vacinadas durante o período gestacional) devem receber uma dose de reforço antitetânico se não tiverem sido vacinados contra o tétano nos últimos 5 anos, ou na ausência de verificação de registro vacinal.
Hepatite A
Público-alvo: Crianças aos 15 meses de idade, conforme o calendário de rotina. Caso a criança não tenha sido vacinada, ela pode receber a dose desde que ainda tenha menos de 5 anos.
Vacinação de Adultos: Disponível apenas para pessoas com condições clínicas especiais, como hepatopatias crônicas, HIV/aids, entre outras especificações detalhadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Raiva secretaria
Pré-exposição (PrEP): Indicado para pessoas com risco de exposição permanente ao vírus, como médicos veterinários e profissionais em contato constante com animais.
Pós-exposição: Para casos sem profilaxia prévia, deve incluir uma série de doses da vacina e, possivelmente, o uso de soro antirrábico heterólogo ou imunoglobulina antirrábica humana, dependendo do tipo de exposição.
Doses de Vacinas Recebidas
Desde 29 de abril, o Rio Grande do Sul recebeu:
- Antitetânica: 200.000 doses
- Dengue: 31.540 doses
- Hepatite A: 17.500 doses
- Hepatite B: 106.000 doses
- Raiva canina: 5.000 doses
- Influenza: 1.000.000 doses
- Covid-19: 190.400 doses
Calendário Nacional de Vacinação
O calendário nacional de vacinação inclui 20 vacinas que protegem contra diversas doenças imunopreveníveis, como poliomielite, sarampo, rubéola, tétano, coqueluche, entre outras doenças graves.
A SES reforça que a vacinação é uma medida preventiva essencial, especialmente em tempos de crise, para garantir a saúde e segurança da população.