Num esforço para abrir novos leitos de UTI para pacientes Covid no Estado, a Secretaria da Saúde entregou, no final de semana, respiradores, monitores e camas para três hospitais gaúchos. O material entregue servirá para equipar e permitir a abertura de 35 novos leitos em Canoas, Sapucaia do Sul e Tramandaí. Com esse reforço, o número de leitos abertos pelo RS passa para 1.141. A taxa de ocupação geral dos leitos de UTI do RS neste domingo (21) era de 85,1%.
“A abertura destes leitos nesse momento, que é o mais crítico da pandemia, é uma ação importante para atender a população, mas é fundamental que as pessoas mantenham os cuidados, pois a capacidade hospitalar está no limite”, alertou a diretora do Departamento de Gestão da Atenção Especializada, Lisiane Wasem Fagundes.
Dos 35 leitos equipados, 15 já começaram a operar no próprio final de semana – 10 no Hospital Municipal Getúlio Vargas, em Sapucaia do Sul, e cinco no Hospital de Tramandaí. Outros 20 serão abertos nesta segunda-feira (22) no Hospital Nossa Senhora das Graças, em Canoas.
“Passamos todo o final de semana fazendo contatos com hospitais para verificar a possibilidade de ampliar a rede. Outros leitos devem ser abertos durante a semana, mas é necessário que a população se proteja, porque o vírus é letal”, explicou a secretária da Saúde, Arita Bergmann.
No final de semana, foram entregues também cinco respiradores e cinco monitores para retaguarda de pacientes na emergência do Hospital São Camilo, de Esteio.
Ainda nesta segunda-feira, serão entregues mais 10 leitos UTI no Hospital São Francisco de Assis, em Parobé, e serão reabertos outros 10 no Hospital Berço Farroupilha, em Guaíba. Também serão entregues sete respiradores para suporte de emergência ao Hospital Bruno Born, em Lajeado, e enviados respiradores, monitores e camas para reabrir, na quarta (24), outros 10 leitos no Hospital São Vicente de Paulo, em Passo Fundo.
“O vírus não dá trégua. Enquanto não tivermos mais compromisso individual e coletivo para evitarmos aglomerações, a transmissão continua muito acelerada. Vivemos um momento crítico, muito preocupante, talvez o pior momento desde o início da pandemia, há quase um ano”, reforçou Arita.