Comportamento

Secretaria da Saúde e Cosems buscam ampliar para 100% a cobertura do Samu no Estado

Hoje, a cobertura do serviço corresponde a 91,2% da população (cerca de 10,3 milhões de habitantes)

Foto: Divulgação SES
Foto: Divulgação SES

Os 226 municípios gaúchos que ainda não têm cobertura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) terão oportunidade de aderir à Rede de Urgência Estadual por meio de um projeto da Secretaria da Saúde (SES) e do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems/RS). Batizado de Chamar 192, a iniciativa procura abarcar no atendimento pré-hospitalar de urgência do Samu uma população estimada em 1,2 milhão de pessoas. Com isso, o Estado será o primeiro do país a contar com 100% de cobertura do Samu, por meio do número de telefone 192.

O governador Eduardo Leite anunciou o projeto durante transmissão ao vivo nas redes sociais nesta quinta-feira (20) e ressaltou a importância da parceria do Cosems. “O apoio foi fundamental para que pudéssemos agilizar esse processo, que estava previsto para ser implementado em dois anos, e, assim, garantir que todos os municípios e gaúchos sejam abrangidos pelo nosso Samu”, detalhou.

Hoje, a cobertura do serviço no Rio Grande do Sul corresponde a 91,2% da população (cerca de 10,3 milhões de habitantes). “É um projeto ousado e inovador, que pretende estender um serviço de alta qualidade, mas que, infelizmente, ainda não atinge 226 municípios. A maioria é cidade pequena, de 2 mil a 3 mil habitantes, e eles se viram por conta própria na questão da urgência e emergência pré-hospitalar, descolados do serviço de urgência do Estado”, explicou o diretor do Departamento de Regulação Estadual, Eduardo Elsade.

Nesses locais, os atendimentos de urgência e emergência são realizados pelo Corpo de Bombeiros Militar ou Voluntários e pelas chamadas “ambulâncias brancas municipais”, porém, muitos desses veículos são tripulados apenas por condutores, sem profissionais de saúde. A expectativa é de que os municípios sejam contemplados pelo projeto até o final de 2020.

Ao aderirem ao projeto, os municípios deverão manter uma equipe com, no mínimo, um motorista e um técnico de enfermagem ou socorrista. Em contrapartida, a SES oferecerá regulação médica primária e secundária aos municípios, com orientação médica às equipes.