A secretária de Saúde de São Marcos, Maristela Lunedo, concendeu entrevista ao Grupo RSCOM onde comentou sobre a suspensão dos partos, via Sistema Único de Saúde (SUS), no Hospital São João Bosco, única casa de saúde da cidade. Desde a mudança, estes procedimentos foram transferidos para o Hospital São Carlos de Farroupilha.
Desde o dia 1º de março, os atendimentos estão suspensos na cidade. A justificativa da casa de saúde é a falta de profissionais. Conforme um oficio do São João Bosco, “mesmo com valores acima da média, não existem profissionais que queiram realizar esse plantão de sobreaviso ou trabalhar para o SUS”.
Maristela diz que após receber o comunicado começou a buscar alternativas para o atendimento das gestantes. Após encontros com a 5ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), foi decidido que Farroupilha será referência para o município no âmbito saúde obstétrica.
Sendo assim, ficou definido que a pasta ficará responsável pelo transporte da gestante e seu acompanhante até Farroupilha.
A gestante precisará, deste modo, comparecer à Secretaria de Saúde nos horários de atendimento da mesma (7h às 19h) ou no Hospital São João Bosco nos horários do plantão (das 19h01 às 6h59), e será feito o encaminhamento da paciente para Farroupilha.
A questão levantou alguns questionamentos da população. Entre eles, se caso ocorrer algo fora do normal durante o trajeto entre as duas cidades com a gestante ou o bebê, de quem seria a responsabilidade?
A secretária afirmou que riscos existem em qualquer procedimento, mas que uma grávida só irá ser transferida quando houver estabilidade.
“Problemas podem ocorrer em qualquer momento de um parto. Desde que a mãe sai de casa, até o momento em que ganha seu bebê. Então vai depender de casa situação: em qual ela foi transferida, como ela foi transferida, se foi dada toda assistência na transferência. Então cada caso é um caso. Não tenho como te dizer ‘a responsabilidade vai ser do hospital; a responsabilidade vai ser da secretaria’, cada caso, é um caso”, disse.
Ela também tranquilizou as gestantes da cidade que em casos de urgência, o São João Bosco não deixará de realizar o atendimento obstétrico.
“Nenhum hospital, nenhum local de saúde, que está preparado para receber um parto, ou qualquer outra demanda na urgência e emergência, vai deixar de fazer. Então assim, chegou alguém ganhando, é óbvio que vai ganhar. Para a viagem, essa pessoa precisa estar estabilizada. Somente assim ela será transferida”, comentou.
Maristela afirmou também que se caso o transporte ocorrer e no meio da caminho houver alguma urgência, o caso será direcionado para o hospital mais próximo.
Conforme informações, há, em média, oito nascimentos por mês pelo SUS em São Marcos. As gestantes estão sendo avisadas a medida que fazem as consultas do pré-natal sobre o novo local para o nascimento de seus filhos e, inclusive, serão levadas, mediante agendamento, até Farroupilha para conhecer a infraestrutura.
O Hospital São Carlos informou que pode receber a demanda vinda da cidade vizinha sem enhum prejuízo ao atendimento.