A Secretaria Municipal da Saúde apresentou, nesta quinta-feira (24), relatório de prestação de contas do primeiro quadrimestre do ano, durante audiência pública promovida pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara Municipal. Os dados foram apresentados pela secretária Daniele Meneguzzi; diretor financeiro, Milton Balbinot; e diretora do Departamento de Avaliação, Controle, Regulação e Auditoria, Marguit Meneguzzi.
Balbinot informou que o Município aplicou R$ 99.289.000 em despesas, ações e serviços públicos na área da saúde durante o primeiro quadrimestre, enquanto a receita proveniente de impostos e transferências foi de R$ 435.696.000. O índice aplicado na saúde foi de 22,79% do total de impostos, dois pontos superiores ao mesmo período do ano passado. Segundo o diretor, o aumento deu-se em função da pandemia da covid-19. A exigência mínima constitucional é de 15%. As despesas totais com a saúde somaram R$ 180.066.310, sendo 55% com verbas oriundas do município, 5% do Estado e 40% da União.
Marguit Meneguzzi apresentou dados referentes aos serviços ofertados. Foram realizadas 7.416 internações hospitalares, 246.276 atendimentos de urgência/emergência, 264.276 de caráter psicossocial e 1.225.179 de natureza ambulatorial. O relatório ainda indica 23.647.163 medicamentos e materiais de assistência farmacêutica entregues aos pacientes, além de 25.634 procedimentos de vigilância em saúde.
A secretária Daniele explicou que grande parte do gasto superior ao ano passado se deve a leitos e contratos emergenciais para manutenção de hospitais de campanha, que sofrem renovação sistemática para suprir as demandas da covid-19. Mas alertou que muitos dos leitos extras devem ser mantidos após a pandemia para suprir a histórica falta de vagas de UTI no município. Também relembrou que muitos procedimentos, como cirurgias eletivas, diagnósticos e tratamentos, não puderam ser realizados no período de pandemia, mas que serão retomados futuramente, o que manterá os gastos em patamares elevados.