O Rio Grande do Sul permanece sem apresentar casos de febre amarela. A informação foi divulgada na manhã desta sexta-feira, dia 26 durante reunião do Grupo de Monitoramento de Ações Estratégicas de Combate ao Aedes aegypti, na Secretaria da Saúde (SES). O secretário João Gabbardo dos Reis também esclareceu que, até o momento, não há casos confirmados de dengue, febre chikungunya e zika vírus no estado.
Este ano, já foram notificados dois casos suspeitos de febre amarela no RS, em residentes de Portão e Dois Irmãos. Ao longo de 2017, foram 42 casos suspeitos, todos com resultado negativo para a doença. Desde 2009, o Rio Grande do Sul não registra casos confirmados de febre amarela silvestre. Em áreas urbanas, a circulação não ocorre desde 1942.
Também não há registros da doença entre os macacos, que são um indício da presença do vírus. Somente no ano passado foram coletadas amostras de 50 animais mortos em área silvestre, dos quais 45 já foram descartados e cinco ainda seguem em investigação. De 2009 (ano em que foram confirmados os últimos casos) até 2016, já foram analisadas amostras de 81 primatas mortos, todas com resultado negativo. A presença desses animais é a principal forma de perceber a chegada da febre amarela, antes dela atingir as pessoas. Por isso, é preciso proteger os macacos, que são considerados sentinelas e são o alarme para a ocorrência do vírus.
Contudo, em virtude da circulação da febre amarela em estados como São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia, o secretário Gabbardo ressalta a importância das pessoas manterem suas vacinas em dia. “Mais de 70% da população do Estado já recebeu a imunização contra o vírus pela vacina, que é em dose única e protege para toda a vida”, afirmou. “Quem ainda não foi imunizado deve procurar os postos de saúde de qualquer município”, acrescentou o secretário, salientando que em janeiro a SES ampliou a área de recomendação de vacinação para todos as cidades gaúchas. Foram distribuídas mais de 106 mil doses da vacina, o que representa um acréscimo de 20% em relação a janeiro de 2017.
A SES também reforça que o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP), que comprova a vacinação contra doenças, é necessário para entrar em alguns países e a emissão é feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Não há necessidade de renovar o documento que estiver a data de vencimento expirada, pois a vacina deixou de ter validade de 10 anos e passou a ser dose única por toda a vida.