Dando continuidade à série de reportagens do Portal Leouve a respeito da infertilidade masculina e de como os agrotóxicos podem ser um fator determinante nesse quesito, hoje o Dr. Fábio Firmbach Pasqualotto, do Conception Centro de Reprodução Humana, vai explicar quais são os melhores métodos de prevenção para os agricultores.
O especialista ressalta que a principal forma de prevenção ao utilizar agrotóxicos e pesticidas é o uso correto dos equipamentos de proteção individual, como máscara/ face shields, luvas e evitar sempre o contato direto com as substâncias. Lavar separadamente as roupas utilizadas na aplicação dos pesticidas também é importante para proteger a família. O médico explica ainda que muitas vezes os trabalhadores do campo são instruídos a pararem de utilizar os componentes, mas que entende que isso não é algo fácil, pois a maioria depende desses químicos para manter o seu sustento e suas plantações dando frutos.
“Então o que eu posso fazer, além destes cuidados? A saída é realizar uma monitorização mais frequente da qualidade do sêmen para avaliar possíveis danos inicialmente. Porque a gente está falando de uma situação em particular, o sêmen. Só que o agrotóxico e o pesticida não alteram só o sêmen, eles causam uma série de outras alterações no organismo da pessoa”, complementa.
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O uso excessivo desses químicos pode levar a alteração hepática, a alteração renal, entre outros. Mas tratando-se especificamente da qualidade do sêmen, o especialista recomenda a realização mais frequente de espermogramas, ao menos uma vez a cada dois anos, para verificar se houve uma piora na qualidade do ejaculado.
“Se estiver piorando, muitas vezes têm que usar um antioxidante, algumas vitaminas para evitar essa piora excessiva. E em alguns casos, onde ele não vislumbra uma gravidez mais precoce, as vezes até congelar o sêmen e deixar guardado para que ele possa utilizar no futuro esses espermatozoides”, explica.
