Ao dar sequência ao debate sobre o novo sistema de distanciamento do Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite realizou duas reuniões virtuais, na manhã do último sábado (8), com líderes de entidades empresariais e com especialistas em saúde. Assim como deputados e prefeitos, com quem o vice-governador Ranolfo Vieira Júnior se reuniu na sexta-feira (7), todos os segmentos poderão enviar sugestões até terça (11), para que o novo sistema entre em vigor no próximo sábado (15).
Até lá, todo o Rio Grande do Sul deverá seguir em bandeira vermelha, sem cogestão. Isso significa que todas as regiões devem observar protocolos de risco alto do atual modelo de Distanciamento Controlado. Conforme o governador, a ideia é que o novo sistema seja mais simplificado, tanto no monitoramento quanto nos protocolos.
“Ao longo deste um ano de enfrentamento da pandemia, foram necessários ajustes no Distanciamento Controlado, como a criação da salvaguarda quando tivemos a mais grave onda de casos e internações, em fevereiro, mas mesmo no ano passado houve outras mudanças necessárias para que pudéssemos ter as restrições adequadas ao momento a partir de 11 indicadores e uma fórmula matemática, mas que acabou tornando-o complexo”, iniciou dizendo Leite na primeira reunião, com as entidades empresariais.
“O modelo funcionou até aqui, sim, foi efetivo e importante, mas acreditamos que agora, com todo o aprendizado que já temos e na situação mais confortável que nos encontramos, a análise de risco pode ser mais ampla e mais aberta, com análise e decisões mais autônomas no nível local, em um formato mais simplificado”, completou.
A proposta do novo sistema é que população, atividades e municípios sejam regrados por dois tipos de protocolos: os gerais e os de atividades. Os protocolos gerais serão definidos pelo governo do Estado e devem ser seguidos obrigatoriamente por toda a população, em todas as atividades e em todos os municípios.
São regramentos mínimos, como usar máscara, garantir ventilação e circulação do ar, manter distanciamento mínimo, higienizar as mãos e evitar aglomerações, por exemplo. O Estado também estabelece protocolos gerais a serem cumpridos em ambientes de trabalho e no atendimento ao público.
Além dos protocolos gerais, o Estado definirá protocolos de atividades, que serão divididos entre obrigatórios e variáveis. Os protocolos de atividades obrigatórios são específicos e devem ser seguidos para cada atividade, em todos os municípios. Por exemplo, o Estado pode determinar que, em restaurantes, seja mantida a distância mínima de dois metros entre mesas e grupos.
Os protocolos de atividades variáveis por região serão propostos pelo Estado como padrão para cada atividade, considerando o risco e o quadro atual da pandemia no Rio Grande do Sul. Essas regras poderão ser ajustadas por uma região para adequá-las à realidade de cada uma, desde que no mínimo 2/3 dos municípios da região concordem com elas. Esses protocolos complementarão o regramento das atividades, e é sobre esse conjunto de protocolos que as regiões poderão atuar.