Agro Rural

RS discute substituição de trabalhadores argentinos por mão de obra local nas safras da Serra

Em 2024, segundo dados do Ministério do Trabalho (MTE), 3,4 mil safristas foram empregados nas cadeias de fruticultura da Serra, com aproximadamente 500 destes sendo argentinos

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Foto: Pexels

A ocupação de trabalhadores locais nas safras da Serra, tradicionalmente realizadas por safristas argentinos, está sendo debatida entre a Secretaria Estadual do Trabalho e a Federação dos Trabalhadores Assalariados Rurais do Rio Grande do Sul (Fetar-RS).

Em 2024, segundo dados do Ministério do Trabalho (MTE), 3,4 mil safristas foram empregados nas cadeias de fruticultura da Serra, com aproximadamente 500 destes sendo argentinos. A proposta de substituição foi discutida em uma reunião nesta terça-feira (25), entre o secretário Gilmar Sossella e o presidente da Fetar-RS, João Cézar Larrosa.

Larrosa sugeriu a criação de um programa para aproveitar a mão de obra das regiões Sul, Campanha e Fronteira Oeste, especialmente nas safras de uva e maçã. “Através de nossos sindicatos podemos construir um cadastro regional de trabalhadores safristas e, com a ajuda do governo estadual, agregá-lo ao sistema Sine/FGTAS, direcionando essa mão de obra para os produtores da Serra, gerando renda para as regiões menos desenvolvidas,” afirmou Larrosa.

O secretário Sossella manifestou apoio à proposta. “É mais do que justo que essa mão de obra seja do Rio Grande do Sul, que possamos fazer essa migração e atender a demanda dos produtores da Serra,” destacou.

Nas próximas semanas, uma reunião em Caxias do Sul, com a participação do governo do Estado, Fetar-RS e Sindicato Rural, será realizada para discutir detalhes da implementação da proposta.