Ao menos 176 moradores do Rio Grande do Sul já contraíram a varíola dos macacos. De acordo com dados divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) nessa quinta-feira (22), Porto Alegre tem o maior número de pacientes diagnosticados com a doença: 95. A Capital é seguida de Canoas (16), Novo Hamburgo (10) e Viamão (10) no ranking.
Outras cidades da Região Metropolitana, como São Leopoldo (2), Alvorada (1) e Esteio (1), já tiveram confirmações relacionadas à monkeypox. Outros 259 casos suspeitos estão sob investigação. A análise é feita no Laboratório de Microbiologia Molecular da Universidade Feevale, em Novo Hamburgo, e no Laboratório Dr. Rouget Perez, de Pelotas.
A transmissão comunitária da varíola dos macacos foi confirmada pelo Governo do Rio Grande do Sul em 18 de agosto. Isto significa que a Vigilância em Saúde não consegue mais identificar a origem da contaminação. Porto Alegre já havia detectado este tipo de transmissão quase uma semana antes, em 12 de agosto.
A vacina que ajuda a prevenir a monkeypox é a mesma usada contra a varíola comum. O imunizante, produzido pelo laboratório dinamarquês Bavarian Nordic, deve chegar ao Brasil ainda neste mês. A negociação do Ministério da Saúde, que prevê uma remessa inicial de 50 mil doses, é intermediada pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
Sobre a doença
A varíola do macaco é uma doença viral, e a transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato direto ou indireto com secreções respiratórias, lesões de pele ou objetos contaminados recentemente. A doença causa erupções que geralmente se desenvolvem pelo rosto e depois por outras partes do corpo.
Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início dos sintomas, as pessoas desenvolvem lesões em locais como boca, pés, peito e rosto. A transmissão da doença se encerra quando as crostas das lesões desaparecem.
Para a prevenção, deve-se evitar o contato próximo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado, assim como com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado. Também é importante a higienização das mãos, lavando-as com água e sabão ou utilizando álcool gel. O uso de máscaras é recomendado.