Comportamento

Rio Grande do Sul chega a sete óbitos por leptospirose

Mais duas mortes foram confirmadas nesta quarta-feira (29)

LEPTOSPIROSE
Episódios como alagamentos aumentam a chance de infecção (Foto: Lauro Alves/Secom)


Mais duas mortes por leptospirose foram confirmados nesta quarta-feira (29) e com isso o Rio Grande do Sul chega a sete óbitos por conta da doença relacionada às enchentes no Estado. Conforma a Secretaria da Saúde (SES), os registros referem-se a dois homens, de 56 e 59 anos, residentes em Porto Alegre e Canoas.

Nos dois óbitos, a confirmação foi possível após o resultado positivo da amostra analisada pelo Laboratório Central do Estado (Lacen), em Porto Alegre. O óbito do morador de Canoas foi em 21 de maio, enquanto o da capital ocorreu no dia 23.

Os dados de casos notificados, confirmados e descartados de leptospirose reportados ontem permaneceram inalterados em relação aos reportados na última terça-feira (28) devido ao Lacen estar enfrentando desafios significativos na padronização das informações provenientes de múltiplas fontes de dados, cada uma com seus próprios campos e variáveis, o que dificulta a integração e análise consistente. O cenário torna a validação e consolidação dos dados um processo demorado e complexo.

Leptospirose no RS

  • Casos notificados: 2.327
  • Casos confirmados: 141
  • Óbitos: 7
  • Óbitos em investigação: 10

Outras doenças (casos confirmados)

  • Tétano acidental: 1
  • Acidente antirrábico (AAR): 182
  • Acidente com animais peçonhentos (AAP): 28

A leptospirose

A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados, que pode vir a estar presente na água ou lama em locais com enchente.

Mesmo que seja uma doença endêmica, com circulação sistemática, episódios como alagamentos aumentam a chance de infecção. Por isso, é importante que a população procure um serviço de saúde logo nos primeiros sintomas: febre, dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo (em especial, na panturrilha) e calafrios, estes que surgem normalmente de cinco a 14 dias após a contaminação, podendo chegar a 30 dias.

O tratamento com o uso de antibióticos deve ser iniciado no momento da suspeita por parte de um profissional de saúde. Para os casos leves, o atendimento é ambulatorial. Nos graves, a hospitalização deve ser imediata, visando evitar complicações e diminuir a letalidade. A automedicação não é indicada.