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RGE Sul aumenta tarifa e clientes da Serra devem ter conta mais cara em junho

RGE Sul aumenta tarifa e clientes da Serra devem ter conta mais cara em junho


Os consumidores de energia elétrica da Serra Gaúcha já podem se preparar para um segundo semestre com as contas de luz mais caras. O índice médio proposto é de 19,5% para vigorar a partir de junho para os 255 municípios atendidos pela RGE. Nesta semana, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) homologou o novo valor da tarifa de energia elétrica para clientes da RGE Sul, que atende a zona sul do estado. O processo, denominado Revisão Tarifária Periódica (RTP), está previsto no contrato de concessão e tem como objetivo repassar os custos não-gerenciáveis e redefinir os custos gerenciáveis.

Na RGE Sul, a nova tarifa, que entra em vigor nesta quinta-feira, dia 19, e será aplicada para clientes de alta e baixa tensão, terá um efeito médio para os clientes de 22,47% sobre a tarifa anterior. Para os clientes de alta tensão, que incluem as indústrias de grande porte, a alteração será em média de 24,99%. Já a tarifa aplicável aos clientes de baixa tensão, como residências e estabelecimentos comerciais de pequeno porte, terá reajuste de 21%. O aumento das despesas com a compra de energia, com o pagamento do sistema de transmissão e com os encargos setoriais teve um peso significativo na definição dos novos valores tarifários da concessionária.

Assim, um cliente residencial que tenha uma conta de energia de R$ 100, por exemplo, pagará R$ 82,81 em tributos, encargos setoriais e custos de geração e transmissão da energia elétrica. Do total da conta, apenas R$ 17,19 fica com a RGE Sul.

Entenda a sua conta

Os cálculos das tarifas de energia elétrica consideram três grandes componentes, que são: a chamada Parcela A, com maior peso no reajuste e que se refere a custos não-gerenciáveis, ou seja, que a distribuidora não tem possibilidade de gerenciar (custos com compra de energia, sistema de transmissão e encargos setoriais);  e a chamada Parcela B, que inclui os custos para a operação da rede elétrica e a remuneração sobre investimentos na expansão e modernização do sistema elétrico, ambos realizados pela RGE Sul para garantir a boa qualidade do fornecimento de energia.

O terceiro item considerado pelo órgão regulador também é o chamado componente financeiro, mecanismo de compensação de valores da Parcela A a cada período tarifário, que pode ser adicionado ou deduzido do valor final do kWh da tarifa de energia. No cenário avaliado pela Aneel, foi observado um desequilíbrio nas despesas da Parcela A, que foi corrigido ao longo de 2017, até abril deste ano, e que agora terá na composição do índice homologado pela Aneel uma participação de 10,90%.