Caxias do Sul

Revisão tarifária do transporte público urbano deve ocorrer em janeiro em Caxias

Foto: Especial/Leouve
Foto: Especial/Leouve

O prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico, durante entrevista aos veículos de comunicação do Grupo RSCOM, nesta terça-feira (30), falou sobre as dificuldades atuais no transporte público e da expectativa para as tarifas no próximo ano.

A paralisação de cerca de 50% da frota no último dia 19 de novembro, forçou o executivo a encontrar soluções junto a empresa Visate, responsável pelo transporte no município. O prefeito fez um retrospecto do início de sua campanha em 2020 quando projetava reduzir os custos da passagem, que na época era de R$ 4,65.

“Quando nós participamos da campanha, nós tínhamos um projeto de reduzir a passagem para R$ 3,50. A gente tinha feito os cálculos que com ajuda, bancando as gratuidades, nós nunca cogitamos em repassar subsídios para empresa, mas sim pagar as gratuidades para que esse peso não recaísse sobre o contrato. Claro que desde o período da campanha até hoje, os insumos subiram de uma forma incontrolável”, disse Adiló.

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Com o aumento do diesel em cerca de 70%, foi necessário uma revisão por parte da prefeitura previsto no contrato, devido ao desequilibro dos valores. Foi feito então um acordo na justiça mediado pelo cejusc (Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania) e foi acordado o repasse de R$ 4 milhões para a Visate.

Os cálculos do executivo eram de R$ 4,7 milhões e o da empresa em cerca de R$ 8 milhões. Para reestabelecer o transporte coletivo e para que não ocorra aumento na passagem.

No próximo ano é esperado um reajuste nos valores das tabelas de preço. Conforme Didomenico, uma comissão já vem trabalhando para que as mudanças não causem grande impacto no bolso dos caxienses.

“Vamos fazer um esforço muito grande, para que não aja majoração da passagem para o próximo ano. O transporte começou a se recuperar. Aumentou consideravelmente o número de usuários, se nós aumentarmos a passagem, isso volta a de novo a estaca zero. Um dos fatores principais do desequilibro do contrato, é o baixo número de passageiros transportados por dia, e isso vem melhorando, saímos de uma faixa de 50, 60 mil usuários/dia e já estamos na casa dos 100 mil. Se chegarmos a 120 mil, nós teremos o ponto de equilíbrio o contrato”, explica.

O prefeito ainda comentou que profissionais estão trabalhando para que seja aberta uma licitação para um novo plano de mobilidade urbana. O valor estimado do estudo é de aproximadamente R$ 6 milhões. “Isso engloba os outros modais de transporte, mas principalmente a necessidade de estações de embarque e desembarque de passageiros e principalmente a revisão de roteiros, horários, distância de parada, tudo são ingredientes que compõe o custo da tarifa”, afirma.