Uma reunião entre a União das Associações de Bairros (UAB) e Associação dos Amigos da Maesa (AMAESA) discutiu, na noite desta quinta-feira (03), a nova proposta de ocupação da Maesa. O evento recebeu os secretários Cristina Calcanhoto, da Cultura e Matheus Da Rocha, de Políticas Estratégicas. A reunião ocorreu na UAB Cultural e foram ouvidos diversos representantes, com apresentação e questionamentos apontados, principalmente sobre o modelo original do Mercado Público.
Na ocasião, a UAB foi a proponente do pedido de tombamento da Maesa e desde então vem mobilizando a comunidade para serem obtidas informações sobre o que de fato estão sendo contemplados no novo processo de ocupação da Maesa. O Presidente da UAB, Valdir Walter, reforçou que seguirá a luta em defesa do Patrimônio Público, que é o espaço da Maesa.
No debate foram apontados alguns questionamentos, como a defesa da proposta original de Mercado Público, a formalização de interesse dos movimentos sindicais em propor a elaboração de projeto e busca de recursos para a construção do Museu do Trabalhador e, por fim, a formalização do pedido da Rua Coberta na Plácido de Castro, defendida pela UAB e AMAESA, onde ocorre a Feira Cultural.
Conforme o secretário de Políticas Estratégicas, Matheus a Rocha, a reunião foi baseada nos assuntos que o executivo já trabalha e busca para se chegar a um projeto que contemple as classes interessadas no ambiente. “A reunião vai em linha com o que a gente vem buscando, com o que o governo municipal vem tratando nesse projeto, que é de fato, balizar tanto numa convergência da comunidade, das necessidades administrativas, como também nos limites administrativos que são encontrados para concepção desse projeto que é tão importante para todos nós, e hoje é mais um exemplo disso. A comunidade, de fato, trata com uma sensibilidade muito grande esse tema”.
O debate mais intenso até o momento é sobre a concessão do Mercado Público e o projeto de sua construção, o qual vem sido acompanhado pela secretaria mais diretamente. “Também estamos auxiliando, já de maneira mais colateral, nesse processo que é coordenado pela Secretaria de Cultura, nessa integralidade da área e não integrante da construção. A gente vem tentando, de novo, contemplar o maior número de sugestões e contribuições ou dos anseios manifestados. E aqui, meu papel e ter um pouco dos pés no chão e ver o que a gente consegue. Ainda não temos o desenho completo desse projeto, mas a gente espera ter certeza de que até o final do mês ou início do mês de setembro esse projeto esteja desenhado e encaminhado a Câmara para termos a continuidade nessa estruturação”.
Os levantamentos apontados pela comunidade presente na reunião serão considerados, conforme destaca a secretária da Cultura, Cristina Calcanhoto. “Os estudos feitos até agora estão sendo considerados, inclusive daquele plano geral, que nos demonstrou um diagnóstico e diretrizes de ocupação do complexo da Maesa. Desde lá vem sendo visto e analisado essa possível ocupação pela área cultural, que é uma demanda muito importante da classe que também ajudou que esse imóvel fosse realmente doado para Caxias do Sul. A gente vai despender todo o esforço necessário para conseguir atender à demanda, sabendo sempre que essa proposta tem que ser sustentável, viável, exequível, para que ela possa ser colocada em prática. Com certeza ela está no nosso radar, vamos avaliar isso, cada vez mais, especificamente e cuidadosamente para esse espaço e nesse conjunto todo”.