Os dados nos três anos do atual governo ainda atestam que o Estado passou de um momento no qual o novo cangaço sitiava cidades do interior com ações cinematográficas, explosões de agências e uso de cordão de humano de reféns, para a quase erradicação desse tipo de delito. Em 2018, foram contabilizadas 192 ocorrências de furto e roubo a estabelecimentos bancários. No primeiro ano da atual gestão, com a implantação do RS Seguro, o número baixou para 110. Em 2020, nova queda, dessa vez mais do que pela metade, para um total de 48 casos. E no ano passado, outro recorde, com redução para 40 registros, o que significa retração de 79,2% na comparação com três anos antes. No período, as quedas consecutivas representam 378 ataques a banco a menos no Rio Grande do Sul.
A qualificação das investigações realizadas pela Polícia Civil, com o mapeamento de quadrilhas e criminosos especializados nesse tipo de delito, tem permitido a execução de ordens judiciais que atestam a sua periculosidade e ampliam o período de manutenção de suas prisões, além de facilitar as condenações. Também colabora para o resultado o trabalho integrado com o Instituto-Geral de Perícias (IGP), que, além de realizar o levantamento de impressões digitais pelos papiloscopistas, ampliou o serviço com a inclusão da coleta de material genético nos locais de roubo a banco. Todo vestígio deixado pelos criminosos passa por análise para a extração de DNA. Os resultados integram um banco de dados que armazena o perfil genético do envolvido e identifica a sua autoria. As informações podem ser comparadas com amostras coletadas em outras situações, o que possibilidade relacionar o envolvimento de participante em diferentes crimes.
Além disso, a Operação Angico da Brigada Militar é umas das estratégias que permitem antecipar o movimento de quadrilhas especializadas em ataques a banco, frustrando planos dos criminosos com táticas de pronta-resposta e cerco policial. A metodologia da Angico está focada em três pilares: fiscalização ativa para evitar desvios, furtos e roubos de explosivos; mobilizações focadas em prisões de assaltantes e utilização de efetivo especializado com suporte da inteligência.
Foi a mobilização de pronta-resposta que impediu o sucesso de um roubo a motorista de carro-forte em Guaíba, em 29 do dezembro. Imediatamente após o crime, com apoio da Polícia Civil e da Polícia Rodoviária Federal, a Brigada Militar já havia fechado o cerco para impedir a fuga dos assaltantes. Minutos após o fato, dois deles acabaram presos e, poucas horas depois, outros dois acabaram mortos ao resistirem à abordagem e partirem para o confronto com tropas do Batalhão de Operações Especiais (Bope). A ação permitiu a recuperação de R$ 3,7 milhões, além de veículos, armas e munições em poder dos criminosos. Além da ousadia e do volume de recursos envolvidos, a repercussão do fato foi ampliada em razão de o trabalho das forças de segurança ter tornado inexistente esse tipo de ocorrência no Estado. Os últimos assaltos a carro-forte no Rio Grande do Sul ocorreram em 2018, com nove fatos naquele ano, não à toa, antes da implantação do RS Seguro.
Ataques a banco e roubos a transporte coletivo terminam 2021 no menor nível da série
Os resultados de outros dois delitos patrimoniais também expressam o quanto o terceiro ano seguido de quedas aprofundou a redução da criminalidade no Rio Grande do Sul. Em 2021, os números de ataques a banco, com ocorrências de roubo e furto a estabelecimento bancário, e de roubos a transporte coletivo, somados os delitos contra passageiros e motoristas, atingiram o menor total desde o início de suas séries históricas, ambas iniciadas em 2012.
Nos ataques a banco, o ano passado terminou com 40 casos, uma queda de 16,7% em relação aos 48 registros de 2020. Comparado ao último ano antes do RS Seguro, em 2018, quando houve 192 ocorrências, a retração chega a 79,2% e, frente ao pico de 287 ataques a banco em 2015, a diminuiu alcança 86,1%.
Na leitura mensal dos ataques a banco, que no último ano antes da implantação do RS Seguro totalizaram 12 casos, a redução contínua permitiu o alcance de outra marca inédita. Baixou-se para sete casos em 2019, seis em 2020 e, no ano passado, dezembro encerrou sem nenhum ataque a banco.
A curva de evolução é semelhante nos roubos a transporte coletivo. Foram 1.150 casos em 2021, 17,3% menos que os 1.391 do ano anterior. Frente a 2018, com 3.033 casos, o dado atual representa diminuição de 62,1% e, comparado ao pico de 6.212 ocorrências em 2016, a queda nos roubos a transporte coletivo atinge 81,5%.
*Fonte: Governo RS