Política

Retirada de barracas de lanches da frente do Hospital Geral gera polêmica em Caxias

Fotos: Andreia Silva / Especial Leouve
Fotos: Andreia Silva / Especial Leouve

Há oito anos, todos os dias da semana, as proprietárias de dois quiosques de lanche, Andreia Silva de Almeida e Marileia Silva Tormes, ficam na frente do Hospital Geral, comercializando alimentos. O principal público da dupla são as equipes do hospital, pacientes, alunos da Universidade de Caxias do Sul (UCS), funcionários da saúde de outros municípios e demais transeuntes da região.

Para a instalação destes pontos de lanche, as proprietárias pagam impostos, como água, luz e alvará. Ambas estão com as quitações em dia perante a prefeitura. Porém, há alguns dias, elas receberam uma notificação de que precisariam mudar de local, devido as obras de ampliação que serão feitas no Hospital Geral, no local onde hoje é CTG Rincão da Lealdade.

Elas aceitaram a mudança, porém, segundo Marileia, não houve uma conversa entre elas e a direção do Hospital. O que elas sabem até o momento é por terceiros. Ainda, a exigência da retirada dos quiosques é imediata, porém elas terão que arcar sozinhas com a troca de espaço.

Marileia salientou que a direção do hospital está “irredutível” e exige a saída delas dali, porém o ponto já é fixo com a clientela formada. Ela comenta que até o momento ninguém da direção contatou as proprietárias. Todas as negociações foram feitas diretamente com o secretário de Urbanismo, João Uez.

“O que a gente quer é o melhor pra ambos, não prejudicar ninguém nem ser prejudicados. O que nós queremos é que o diretor do Hospital venha conversar com a gente, nos dar um parecer.”

De acordo com o secretário Uez, ocorre nesta terça-feira (27) uma reunião com as duas proprietárias para decidir um novo local da cidade para a instalação do ponto de lanche. “A reunião será a fim de fazer o estudo juntamente com elas pra fazer a realocação naquelas duas casinhas, pra outro local da cidade, tendo em vista que o Hospital Geral solicitou a retirada delas, por conta do aumento e as reformas junto ao Rincão da Lealdade pra futuras instalações de dependência do Hospital Geral. “

O secretário explicou que nestes casos, a licença das casas de lanche ali são “licenças precárias e são renovadas anualmente. E, quando o poder público entender que ali não pode mais ficar por uma situação maior, e neste caso a situação é da saúde do aumento do hospital, se faz a retirada destas pessoas.”

O Hospital Geral, por meio de sua assessoria, informou que “o hospital optou por não se pronunciar, pois o secretário Uez já fala em nosso nome”. Não há confirmação que a direção do hospital vá participar da reunião nesta terça-feira.

Fotos: Andreia Silva / Especial Leouve