O pedido de retirada de duas assinaturas do requerimento para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o funcionamento e possíveis irregularidades na Secretaria Municipal de Saúde, acabou inviabilizando a criação da mesma.
O despacho neste sentido, de que a CPI não seja instalada, foi assinado pelo presidente da mesa diretora Rafael Pasqualotto e pelo diretor jurídico da Casa, Mateus Barbosa e protocolado esta tarde na Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves.
Junto ao despacho foram anexados os pedidos, por escrito, dos vereadores Élvio de Lima (PMDB) e Marcos Barbosa (PPR), Desta forma o número se reduziu a cinco subscrições quando o mínimo regimental, de um terço dos vereadores, seria de seis.
Élvio de Lima (direita) manifestou ainda ontem à tarde que havia assinado a proposição com informações precipitadas e não exatas. Marcos Barbosa (acima)alegou que as explicações prestadas pelo secretário Diogo Segabinazzi Siqueira na sessão ordinária de segunda-feira foram suficientes para esclarecer a situação.
A gravação em que duas médicas discutem na UPA e uma delas diz que “pessoas poderiam morrer”, ainda serão investigadas, só que no âmbito do Ministério Público. A prefeitura, ainda no ano passado, solicitou à Atena, empresa terceirizada q responsável pela contratação de profissionais da saúde para atendimento no ambiente público municipal, que as profissionais fossem desligadas, o que efetivamente aconteceu.
O proponente da CPI , vereador Moacir Camerini fez uma “live” no facebook lamentando a decisão, embora admitindo não a receber com surpresa. Qualifica como “no mínimo estranhas as retiradas de assinaturas” e entende que é pior um vereador assinar e retirar a assinatura do que aqueles que não a assinaram antes.
Por outro lado garantiu que está analisando com sua assessoria jurídica que medidas poderá adotar para garantir a abertura da CPI, entre elas um mandado de segurança. “Entendo que uma vez aberta, a investigação ate pode virar pizza, mas temos que abrir a investigação, pois o conteúdo das gravações é grave”.