Representante brasileira no Tiro Esportivo Feminino aprimora performance em seletiva da Confederação Brasileira, no Rio de Janeiro

Na reta final de preparação para a 24ª edição das Surdolimpíadas de Verão, que serão realizadas em Caxias do Sul, de 1º a 15 de maio deste ano, a atleta caxiense Mariana Cassina, que participará pela primeira vez dos jogos olímpicos, e representará o Brasil na modalidade, aprimora sua performance esta semana no Rio de Janeiro, onde treina com atletas de alto nível, que participam de seletivas para futuras competições nacionais.

Até domingo, além do contato e da troca de experiência com atletas afirmados na modalidade, Mariana treina sob supervisão do Técnico Vladimir da Silveira, que possui mais de 20 anos de experiência em competições como atleta, tendo sido também Técnico da equipe da Força Aérea Brasileira (FAB) em duas oportunidades (2000-2004) e (2011-2013).

Desde segunda-feira, a Confederação Brasileira de Tiro Esportivo (CBTE) realiza até domingo, no Rio de Janeiro, uma seletiva para formação de equipes que disputarão competições em março e abril. E Silveira aproveitou a oportunidade para trabalhar diretamente com Mariana: “Desde dezembro eu vinha conversando e orientando ela online. Como tinha essa seletiva para formação de equipes aqui no Rio de Janeiro, aproveitamos a oportunidade para ela treinar sob minha supervisão.”

Além de se conhecerem pessoalmente, o período é importante para adaptação da atleta, como explica Silveira: “A modalidade que a Mariana irá competir é o Tiro Olímpico de Pistola de Ar, que exige treinamento intenso e diário. Essa semana aqui está sendo importante para ajustes, apresentação de fundamentos e adaptação ao alvo eletrônico.”

Apesar da dificuldade logística, novos treinos presenciais devem acontecer antes dos jogos surdolímpicos e até participação em competições nacionais ou estaduais, salienta o técnico: “Temos que ajustar calendário e a questão de trabalho dela. Mas pretendemos fazer novos treinos presenciais e se possível, levar ela para participar de alguma competição antes da Surdolimpíada. Essa é a primeira experiência minha com atleta surdo. Tecnicamente não muda
nada. Tem sido um aprendizado pra mim.”

Sobre a busca por medalha, Silveira considera prematuro fazer qualquer projeção agora: “Está sendo meu primeiro contato presencial com ela. Ela está muito motivada e assimila fácil tudo aquilo que passo pra ela. Com muito treino e dedicação, tenho convicção de que ela será muito competitiva nas Surdolimpíadas.”