Brasil

Relator vota pela inelegibilidade de Bolsonaro por 8 anos

Ex-presidente é acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação na reunião com embaixadores estrangeiros, no ano passado

Ministro Benedito Gonçalves votou pela aceitação parcial da denúncia apresentada  (Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE)
Ministro Benedito Gonçalves votou pela aceitação parcial da denúncia apresentada (Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE)

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retomou na noite desta terça-feira, 27, a votação da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) movida pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos.

O processo acusa o ex-mandatário de praticar suposto abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação na reunião com embaixadores estrangeiros, em 28 de julho do ano passado, na qual o ex-presidente questionou a confiabilidade do sistema eleitoral brasileiro sem apresentar provas.

Na abertura de seu voto, o relator da ação e corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, votou pela aceitação parcial da denúncia apresentada pelo PDT e a favor da inelegibilidade de Bolsonaro “em razão de sua responsabilidade direta e pessoal” na realização de atos ilícitos comprovados nos autos.

A concordância com a denúncia de maneira parcial da ação ocorre após o relator votar pela absolvição de Walter Braga Netto – então candidato a vice na chapa presidencial junto a Bolsonaro -, já que, no entendimento de Gonçalves, não foi “demonstrada sua responsabilidade” na acusação impetrada pelo PDT. A sessão, no entanto, não prosseguiu após o ministro Raúl Araújo solicitar adiamento de sua decisão para a sessão da próxima quinta-feira (29) às 8h.