Alguns estados brasileiros estão observando uma desaceleração nos novos casos de dengue, incluindo Acre, Amapá e Amazonas na Região Norte, Espírito Santo e Minas Gerais no Sudeste, além da maioria dos estados do Centro-Oeste, com exceção de Mato Grosso do Sul. “Essas regiões já atingiram o pico e estão começando a diminuir”, explicou Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde.
Ela ressaltou que o histórico das epidemias anteriores de dengue no país indica que, geralmente, leva cerca de oito semanas desde o início dos registros de casos para uma localidade alcançar o pico da doença. Portanto, como os estados foram afetados em momentos diferentes, aqueles que iniciaram a epidemia antes devem experimentar a desaceleração antes, após esse período de oito semanas.
Durante uma coletiva de imprensa, Ethel também mencionou que o estado de São Paulo está mostrando sinais de desaceleração nos novos casos de dengue, mas que o Ministério da Saúde precisa esperar mais uma semana para confirmar essa tendência. “Precisamos de mais uma semana para avaliar se alcançamos o pico”, acrescentou.
Estatísticas atuais sobre a dengue no Brasil
Os dados mais recentes do Ministério da Saúde revelam 2.321.050 casos prováveis de dengue em todo o Brasil, dos quais 20.844 foram classificados como casos graves ou com sinais de alarme. O número de óbitos confirmados é de 831, enquanto outros 1.267 estão em fase de investigação. O coeficiente de incidência da doença no país é atualmente de 1.143 casos para cada 100 mil habitantes, com uma letalidade de 3,99% entre os casos considerados graves.
Devido à significativa expansão dos casos, onze estados já declararam estado de emergência em saúde pública: Acre, Amapá, Distrito Federal, Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Além disso, há 407 decretos municipais de emergência em saúde pública relacionados à dengue.