Caxias do Sul

Recuperação das aulas na rede estadual de ensino deve ocorrer em janeiro

Movimentação iniciou em frente ao portão da escola Assis Mariani, no Eldorado (Foto: Maicon Rech)
Movimentação iniciou em frente ao portão da escola Assis Mariani, no Eldorado (Foto: Maicon Rech)

As aulas na rede estadual de ensino seguem sem previsão de retorno. Mesmo após o Governo ameaçar, na última segunda-feira, demitir os professores que aderiram ao movimento grevista, a 4ª Coordenadoria Regional de Educação estima que 8 escolas seguem com as aulas totalmente paralisadas e 42 com atividades ocorrendo de forma parcial em Caxias do Sul e região.

A maioria das instituições está pelo menos há um mês sem atividades e os pais e estudantes estão preocupados sobre como se dará a recuperação das aulas perdidas neste período. “Estão falando que os alunos vão ter que repetir de ano”, conta Daniele, mãe de uma estudante de uma escola em greve geral.

De acordo com a Coordenadora da 4ª CRE, Janice Moraes, a informação oficial é de que a recuperação das aulas vai ocorrer após o término do ano letivo. “A orientação que foi para as escolas até agora está embasada no memorando nº 10, que diz que a integralização do calendário escolar será realizada após o calendário homologado, que define 200 dias de aula. Essa é a informação oficial, mas no momento que acabar a greve, os órgãos vão se reunir e vai ser tratada as estratégias de recuperação”, explica a titular da pasta.

O Diretor-Geral do CPERS na Serra Gaúcha, David Carnezella, garante que os professores seguem em greve por tempo indeterminado. “Foi algo muito sério o que o governador (Sartori) fez, de ameaçar tirar os contratados, substituir coisa que não pode na legislação, e apesar das ameaças, todos estão muito indignados e só aumentou a quantidade dos professores em greve. A continuidade (da greve) existe no mínimo até a próxima assembleia geral, que nem tem data marcada. A maioria dos professores está esperando o governador fazer algum movimento e quando ele fizer, as aulas voltam”, afirma David.

Ainda segundo David, são esperados três movimentos no governo para que as aulas voltem: a reposição salarial, que vêm de uma inflação de 21% acumulada em três anos; a retirada dos projetos da assembleia legislativa; e a confirmação nos próximos meses de que o salário será pago de forma integral aos professores.