Na manhã deste domingo (11), curiosas formações de nuvens chamaram a atenção de moradores de Caxias do Sul. Pequenas nuvens com “formatos de águas-vivas” eram vistas no céu azul da cidade.
Mas que nuvens foram estas? Nuvens de água-viva existem? Então, existem, e são conhecidas em inglês como jellyfish clouds e podem se formar a partir de nuvens Cirrostratus, Altocumulus ou Cumulus. Mas, a cúpula curva e os delicados tentáculos inspiram a imaginação dos experts em nebulosidade de todos os lugares que as associam às medusas, águas-vivas ou caravelas do mar.
Nuvens Altocumulus se desenvolvem na camada intermediária da troposfera, cerca de 3 mil a 6mil metros acima do solo. Elas têm uma forma ondulada e se parecem com lã de ovelha. Quando o ar quente e úmido sobe, o vapor de água invisível eventualmente esfria e se condensa em minúsculas gotículas de água em partículas chamadas núcleos de condensação. À medida que o processo continua, gotículas de água se acumulam para cima, criando montes visíveis no céu, conhecidos por nós como nuvens brancas e fofas.
Nuvens de águas-vivas
No entanto, no caso de nuvens de águas-vivas baseadas em Cumulus e Altocumulus, o ar quente encontra uma área de ar muito mais seco, o que faz com que a umidade evapore a uma taxa mais rápida do que pode condensar. Essencialmente, a nuvem vaporiza a esta altura da atmosfera, impedindo assim o crescimento da nuvem e produzindo a nuvem de água-viva.
Ao mesmo tempo, gotículas de água dentro da nuvem estão se tornando pesadas demais para permanecerem suspensas no ar. À medida que a gravidade puxa as gotas de água em direção ao solo, elas encontram outra camada de ar seco e evaporam antes que possam atingir a superfície da Terra, formando o que se denomina de virga, os dendritos da nuvem. O mesmo processo ocorre nos Cirrostratus.
Com informações: MetSul