Quem perdeu prazo de recadastramento do transporte escolar em Caxias do Sul ainda tem chance de garantir o serviço em 2023

O sistema de transporte escolar da rede pública de Caxias do Sul tem novidades para o ano letivo 2023. Por isso, desde outubro do ano passado, quando as mudanças se definiram, o chamado para o recadastramento já começou a chegar aos mais de 5,5 mil beneficiários do serviço contratado pelo município. As orientações foram transmitidas às famílias por professores, educadores, coordenadores e equipes diretivas das escolas públicas – estaduais e municipais. O prazo para atualização das informações cadastrais – que inclusive chegou a ser prorrogado – correu de novembro a dezembro de 2022. Contudo, a poucos dias do reinício das aulas, quase 2 mil famílias ainda não haviam informado seus dados para garantir assento nos veículos. A situação pode impossibilitar o acesso ao frete no início das aulas.

Com 143 roteiros de transporte escolar, a Secretaria Municipal de Educação (SMED) administra e oferta gratuitamente um esquema logístico que supera em 52% o total de linhas de ônibus operadas na cidade pela concessionária local. São 61 trechos em áreas rurais e 82 na zona urbana. Em 2022, quase 3,4 mil crianças e estudantes foram beneficiados diariamente pelo atendimento do Município. Se for considerada a parceria com a rede estadual no processo, o número de pessoas transportadas diariamente ultrapassou a marca de 5,5 mil estudantes.

Porém, das mais de 4,2 mil respostas recebidas pela pasta até o fim do ano letivo anterior, no processo de recadastramento para 2023, muitas se revelaram repetidas. E assim, até o começo de janeiro, ainda estavam pendentes as atualizações de informações de muitas crianças e estudantes. Como chegam mais de 50 novas solicitações por dia, e a análise de cada caso exige um período hábil, é possível que quem atrasar demais a entrega de seu formulário não consiga garantir transporte a tempo para o reinício das aulas, nesta sexta-feira (17).

“Ainda é possível fazer nova solicitação de transporte escolar. O que acontece agora é que não se pode garantir que todas as solicitações que entrarem nos próximos dias terão resposta, seja positiva ou negativa, até o reinício das aulas. Mas estamos trabalhando aceleradamente. Quem solicitou até o dia 3, teve retorno no dia 8. E quem pediu até dia 6, deve obter resposta por volta do dia 16. O ideal é não esperar e procurar diretamente a escola onde a criança ou estudante está matriculado e solicitar apoio para o preenchimento do formulário. Todas as instituições já estão orientadas neste sentido”, informa a técnica do setor de Transporte Escolar da SMED, Rosângela Vielmo Schmaedeck.

Quem quiser preencher e encaminhar a solicitação por conta própria, pode fazê-lo – basta retirar o formulário na instituição de ensino onde foi feita a matrícula e, posteriormente, entregá-lo na SMED (Rua Borges de Medeiros, 260 – Centro). O protocolo deve ser feito no setor de expediente, de segunda a sexta-feira, das 10h às 16h.

Se precisar pedir ajuda da escola, basta levar documentos de identificação dos pais ou responsáveis, da criança ou estudante, atestado de escolaridade e comprovante de endereço no nome de um dos responsáveis pela criança ou estudante – se não tiver, é só preencher uma declaração de endereço, que as escolas também já têm ou ajudam a fazer. Nos casos de alunos de escolas estaduais, é preciso levar o documento, depois de preenchido, até a SMED. Já nas municipais, não é necessário, pois as próprias escolas se encarregam da entrega.

“As respostas serão enviadas diretamente para cada escola. A família não precisa ir até a SMED. Seja de escola municipal ou estadual. O retorno vai para a escola de cada solicitante”, explica Rosângela.

Informações necessárias vão além do endereço

As famílias dos estudantes e das crianças começaram a receber o chamado sobre a necessidade de recadastramento para o transporte escolar diretamente pelos educadores ou por meio de redes sociais e grupos de mensagens, já há cerca de quatro meses. Um dos objetivos da atualização das informações é exatamente avaliar e otimizar os roteiros definidos para o serviço.

“Verificamos muitos casos de informações desatualizadas, endereços antigos, trocas de zoneamento e mesmo casos em que a pessoa realmente não precisava mais do transporte, pelas mais diversas razões. As escolas agiram neste processo com sensibilização, lembretes, avisos reiterados e o próprio auxílio no preenchimento dos formulários pelas famílias”, revela a técnica do setor de Transporte Escolar da SMED, Rosângela Vielmo Schmaedeck.

Uma das grandes preocupações consiste em refinar as informações de localização das residências. Neste sentido, além dos habituais indicativos de logradouro e pontos de referência, até mesmo coordenadas de GPS se tornam uma necessidade real. Para se ter ideia, a unidade de ensino mais distante da sede urbana do município fica a 57 quilômetros da secretaria (no distrito de Criúva). É um exemplo de trajeto que exige planejamento meticuloso para garantir atendimento eficaz. Por esta razão é tão importante que a SMED receba informações completas das famílias: para que possa organizar os roteiros e processos licitatórios com qualidade e economia na prestação do serviço.