Farroupilha

Queda na procura e problemas estruturais: proprietários comentam primeiro mês do Food Park em Farroupilha

Espaço para comercialização de lanches rápidos agora está concentrado no Largo Carlos Fetter

FARROUPILHA
Foto: Eduardo Garcia/Grupo RSCOM

Após cerca de 15 anos operando na Rua Pinheiro Machado, esquina com a Rua Coronel Pena de Moraes, na área central de Farroupilha, as famosas carrocinhas de lanches rápidos como cachorro-quente, xis e churros mudaram de endereço, passando para o Largo Carlos Fetter, que está sendo revitalizado.

Até o momento, ainda não foi realizada uma inauguração oficial do agora chamado Food Park, embora os trabalhos já tenham sido iniciados no dia 22 de janeiro. No último dia 3, um evento com música ao vivo movimentou o público, que compareceu em bom número.

A praça de alimentação tem 446,26m², onde houve um investimento de R$ 934.093,07, sendo R$ 200.000,00 de verba federal e o restante recursos do município.

A secretária municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação, Regina Ducati, se mostra satisfeita com a mudança:

“Estamos bastante felizes pelo movimento apresentado. Ainda estamos fazendo alguns ajustes da obra, que acabam surgindo quando começam a operar”, observa.

FARROUPILHA
Foto: Eduardo Garcia/Grupo RSCOM

Os proprietários, porém, não têm se mostrado tão otimistas até o momento. Problemas na estrutura do local e a queda na procura de parte do público marcaram, segundo eles, os primeiros 30 dias do funcionamento no novo local. O espaço conta com sete pontos de comércio em uma área coberta, que abriga ainda cadeiras e bancos.

A reportagem do Portal Leouve conversou com os proprietários das carrocinhas que apontaram satisfação com o local em si, mas colocam necessidades de melhorias quanto à segurança, forte calor, problemas na estrutura como no telhado e nos banheiros.

Foto: Eduardo Garcia/Grupo RSCOM

Confira o depoimento do empreendedores:

Maria Parizzi: “A gente está ainda vivendo uma experiência nova. Faz um mês que estamos aqui. O movimento à noite é bom, mas a tarde deu uma caída. Lá (na Rua Pinheiro Machado) tinha muita gente que circulava pelo Centro, bancos, lojas então era mais movimentado durante a tarde. O espaço tem muitos problemas que ainda estamos tentando resolver junto à prefeitura. Acredito que vai ficar ainda melhor”.

Vivian Marques: “Sobre melhorias tem a questão da cobertura, do calor, são poucas mesas, além da segurança, já que sofremos diversos furtos de fios. A nossa fiação agora é toda por baixo e estão tendo livre acesso, virando prejuízo pra nós. Os banheiros precisam de melhorias, eles entopem, a água não desce. O movimento tá bem parado, mudou bastante. À noite até conseguimos nos manter, mas no meio-dia e à tarde é vazio. Os clientes não conseguem parar para comer por causa do calor, não tem condições de sentar nos bancos, já que são todos no Sol. No local antigo tínhamos como atender melhor”.

Dinan Reque: “Sou novo aqui, ganhei a licitação e consegui um espaço, então sei que tenho que fazer meus clientes. Não está ruim. À noite é meu maior público. Tem algumas melhorias que estamos conversando para que sejam feitas”.

José Andriguetti: “Acho que o engenheiro que fez o projeto foi bem infeliz, talvez ele não conhecia nossa região, com as intempéries do tempo com cerração, chuva, vento. Temos infiltrações que ocasionam muitos problemas. A gente está sofrendo com o tempo, além de roubos constantes. É muito quente o telhado, tem poucas mesas. Uma coisa que deveria ser atrativa hoje o pessoal está evitando”.

Ágatha Verardo: “Considero a movimentação muito boa, principalmente no horário da noite, mas de dia, por causa do telhado o pessoal tem dificuldade de ficar aqui. Eu e pessoas dos outros carrinhos já passamos mal por conta do calor”.

Jéssica Thiesen: “No geral ficou bom sim, mais organizado, mais limpo, mas precisa ser melhorada a estrutura, ser coberto, aqui é muito calor, precisa cercar. A movimentação continua a mesma coisa, quem comprava lá compra aqui também. Mas durante o dia perdemos metade até o momento. A gente dependia muito das pessoas que estavam na passada e agora não acontece mais”.

Eliseu Miranda: “Temos vários problemas na realidade. Em dia de Sol é o calor que ninguém aguenta e, em dia de chuva, ela molha tudo. Mas são coisas que estamos tentando resolver com a prefeitura, eles não estão nos deixando sem resposta. Em relação ao movimento posso agradecer que não mudou muito. De noite é quando o movimento acontece, também por estar mais fresquinho”.

FARROUPILHA
Foto: Eduardo Garcia/Grupo RSCOM