Bento Gonçalves

Queda da ponte entre São Valentim do Sul e Bento Gonçalves causa transtornos à comunidade da região

Quase dois meses após a enchente que danificou a estrutura, ainda não há prazo para colocação de uma balsa ou construção de uma nova ponte

Queda da ponte entre São Valentim do Sul e Bento Gonçalves causa transtornos à comunidade da região
Foto: Marlete da Rosa

A ponte que faz ligação entre os municípios de São Valentim do Sul e Bento Gonçalves teve a sua estrutura comprometida após as fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul no início do último mês. Localizada na ERS-431, em Santa Bárbara, ela é a ponte atingida que tinha o maior fluxo de veículos de todas as que caíram. Passavam por lá, em média, 2.500 carros por dia.

Em contato com a reportagem do Grupo RSCOM, Marlete da Rosa, 45 anos, residente em São Valentim do Sul, compartilhou sua experiência. Devido à queda da ponte, Marlete, que administra uma empresa de esquadrias de PVC com seu marido, Diego Marcolin, 40 anos, agora precisa enfrentar uma viagem de 2 horas e meia para chegar ao município vizinho, onde muitos de seus clientes estão localizados, incluindo também Garibaldi e Carlos Barbosa.

“A queixa maior não é pelos danos causados à empresa, mas de modo geral às cidades que dependiam dessa ponte e agora precisam de uma solução, seja por meio de uma balsa ou pela construção de uma nova ponte”, destacou a empresária.

Diego também enfatiza: “Além de São Valentim do Sul, outras cidades próximas – como Guaporé, Vista Alegre do Prata, Dois Lajeados, Vespasiano Corrêa e Muçum – ficam dependentes de Bento Gonçalves, tanto em relação à faculdade, com a UCS, como à questão da saúde, com o Hospital Tacchini”.

Marlete morava na Linha Alcântara, em Bento Gonçalves, porém sua casa foi uma das 115 que foram totalmente destruídas pela enchente. Segundo ela, faltam informações precisas e também agilidade por parte das autoridades estaduais e municipais. “Eles dizem que até 15 de Novembro terá uma balsa funcionando, porém era para ser emergencial, já fazem praticamente 2 meses da enchente e até agora não se tem nada de concreto”, lamentou.

Ela também destacou os esforços coletivos dos afetados pela enchente para resolver essa situação. Marlete participa ativamente de dois grupos no WhatsApp, um com 137 moradores e ex-moradores da Linha Alcântara e outro com 86 pessoas do Distrito de Santa Bárbara, unindo forças na busca por uma solução para a retomada da normalidade nas comunidades afetadas.