As homenagens para a mulher caxiense ocuparam a tribuna do Legislativo caxiense. Durante o seu pronunciamento, na sessão ordinária desta quarta-feira (11), a vereadora Rose Frigeri/PT ergueu a voz para dar visibilidade a quatro mulheres ícones da luta por respeito, direitos, igualdade e equidade, no âmbito da cidade.
“Na história de Caxias do Sul, temos inúmeros exemplos de mulheres que não aceitam essa realidade posta. Mulheres que fazem de suas vidas exemplares trajetórias de luta por reconhecimento, por direitos e por igualdade, lutando contra o machismo, preconceito e desrespeito”, ponderou.
Personalidades marcantes:
Ester Troian Benvenutti (in memorian) é a primeira vereadora eleita na Câmara Municipal de Caxias do Sul. Do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), assumiu seu posto como parlamentar na Legislatura 1960-1964. Professora de Magistério, idealizou o projeto que contém o plano de carreiras do Magistério Municipal.
Justina Inês Onzi (in memorian) foi assistente social e professora. Participou do escalão do Executivo em dois momentos: como secretária municipal da Saúde, em 1996, e, vice-prefeita, em 2001, ambos nos governos municipais de Gilberto Pepe Vargas/PT.
Rachel Calliari Grazziotin (in memorian) foi eleita vereadora (1983-1988) pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) e consagrada a primeira presidenta da Câmara Municipal, por dois anos consecutivos (19985-1986). Ainda foi nomeada diretora da Casa do Povo, em 1989. Tem como formação a advocacia e história.
Maya Falks é publicitária, jornalista e escritora de inúmeros livros de contos, romances e poesias. No último sábado (07), lançou o livro Já não somos os mesmos, que trata de uma juventude dizimada nos porões da Ditadura, por acreditar na paz e na liberdade.
Dados alarmantes
“A desigualdade, a violência e a discriminação ainda perseguem as mulheres em todo o mundo”, reiterou a vereadora Rose Frigeri. De acordo com a petista, no Brasil, os números são ainda mais alarmantes. Evidenciou uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019. Nela, mostra que o rendimento mensal das mulheres foi 30% menor do que o dos homens. Além disso, a taxa de desemprego entre as mulheres se mostrou 34% superior à dos homens.
Já em 2020, o Atlas da Violência trouxe dados importantes em relação à sociedade e às mulheres: a cada dois minutos, uma mulher sofre violência doméstica; a cada sete horas, mulheres são mortas, apenas por serem mulheres; um estupro acontece a cada 10 minutos.
Conforme a parlamentar, a conquista por salários iguais vai demorar longos 136 anos ainda.
Fonte: Assessoria de Imprensa